Buscar no Cruzeiro

Buscar

Após incêndio, situação de área com pás eólicas é questionada na Câmara

08 de Agosto de 2019 às 13:29
Marcel Scinocca [email protected]

O incêndio desta semana gerou reclamação de centenas de pessoas na região do Éden. Crédito da foto: Emídio Marques

A questão das pás eólicas, abandonadas em um local particular no Distrito Industrial de Sorocaba, foi abordada na sessão ordinária desta quinta-feira (8) na Câmara. O assunto foi levado à tribuna da Casa pelo vereador João Donizeti (PSDB), que é presidente da Comissão de Meio Ambiente do Legislativo.

O local sofreu um incêndio de terça-feira (6) para quarta-feira (7), inclusive com intervenção do Corpo de Bombeiros.

O parlamentar lembrou que o local onde estão armazenados os itens é considerado “bacia zona do agrião”. “A preocupação não é só com a poluição do ar, mas da água também. Na composição das pás, há componentes altamente tóxicos”, diz João Donizeti.

O parlamentar também afirmou que já fez uma série de questionamentos para vários órgãos, incluindo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado (DAEE), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema) e a própria Tecsis, fabricantes das pás eólicas.

[irp posts="17212" ]

 

O incêndio desta semana gerou reclamação de centenas de pessoas na região do Éden. Foi o segundo incêndio no local, já que em 4 de novembro o fogo atingiu a vegetação próxima de onde estão os equipamentos. O cemitério de pás também foi tema de matéria do Cruzeiro Sul em setembro de 2018.

A área foi usada pela Tecsis na primeira fase em que a empresa operou em Sorocaba, até maio de 2017, e fica próxima da avenida Conde Zeppelin, no Éden.

A área foi usada pela Tecsis na primeira fase em que a empresa operou em Sorocaba. Foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS

Na ocasião da reportagem, a empresa garantiu que daria a destinação adequada aos itens de duas formas. A primeira é com relação aos materiais que fazem parte do processo de produção e que não necessitam de descarte assistido. Seria realizada uma concorrência pela Tecsis com prazo de dois meses para ser efetivado.

Já no caso das pás, inteiras ou as danificadas, o processo, segundo a empresa, deveria ser mais criterioso e demorado. Nesse caso, haveria a necessidade de autorização da Receita Federal, que designa um fiscal para acompanhar o processo.

O caso também é investigado pelo Ministério Público do Estado (MP-SP), que abriu um inquérito para tratar da situação.