Alunos recebem lição de democracia e usam biometria para votar

Por Ana Claudia Martins

João Lima, chefe da 343ª ZE. Crédito da foto: Emidio Marques (27/8/2019)

Estudantes fizeram a biometria e votaram em candidatos fictícios. Crédito da foto: Emidio Marques (27/8/2019)

Servidores de cartórios eleitorais estão levando orientação para jovens de escolas públicas e privadas em diversas cidades paulistas. Em Sorocaba, a iniciativa começou na manhã desta terça-feira (27), em um colégio particular, onde uma equipe da 343ª Zona Eleitoral simulou uma eleição municipal.

Cerca de 20 alunos do quinto ano do ensino fundamental simularam a votação em uma urna eletrônica e biometria. Eles escolheram entre candidatos fictícios e votaram para prefeito e vereador. Segundo o chefe da 343ª, João Lima, a iniciativa da campanha é estimular nos jovens, principalmente de 16 e 17 anos, sobre a importância do alistamento eleitoral, mesmo não sendo obrigatório nessa faixa etária.

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De acordo com os dados da 343ª Zona Eleitoral, como o alistamento eleitoral de jovens de 16 e 17 anos é facultativo, eles representam muito pouco do total de eleitores aptos a votar atualmente em Sorocaba. Por conta disso, o objetivo da Justiça Eleitoral, em todo o Estado, é aumentar a quantidade de jovens, nessa faixa etária, que queiram solicitar o título de eleitor.

João Lima, chefe da 343ª ZE. Crédito da foto: Emidio Marques (27/8/2019)

Segundo João Lima, os jovens de 16 e 17 anos que estão aptos a votar na cidade somam somente 2.246, isto é, menos de 1% dos 468.980 mil eleitores da cidade. Segundo os números, são 191 jovens do sexo masculino e 180 jovens do sexo feminino com 16 anos, totalizando 371 eleitores. Já com 17 anos são 976 do sexo masculino e mais 899 do sexo feminino, o que soma 1.875 eleitores.

“Uma curiosidade é que, diferente dos eleitores de todo o país, em Sorocaba, na faixa etária dos jovens, os homens são maioria. Eles somam 1.167 contra 1.079 mulheres”, destaca João Lima.

O chefe da 343ª disse ainda que até o fim do ano os funcionários do cartório eleitoral pretendem visitar os alunos do ensino médio, de preferência, de aproximadamente 40 escolas da cidade, entre públicas e privadas.

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A ideia é estimular nos jovens a iniciativa de tirar o título de eleitor para que eles já participem do processo eleitoral no ano que vem, quando serão realizadas eleições municipais em todo o Brasil.

“Nas escolas faremos palestras onde falamos sobre o que é democracia e como é realizado o processo eleitoral. Inclusive levamos a urna eletrônica, com uma cabine de votação e biometria. Além disso, é feito uma simulação de eleição, como no dia de votação. E os alunos ainda ganham uma cartilha, chamada ‘Jovem Eleitor’, que foi produzida especificamente para eles pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP)”, diz.

Alunos aprendem

Luisa: sempre quis votar. Crédito da foto: Emidio Marques (27/8/2019)

“A gente tem que votar para fazer parte da democracia do país”, afirma a aluna Luisa Lopes, 10 anos, que está no quinto ano do ensino fundamental do Colégio Salesiano, em Sorocaba. Apesar de não ter idade para tirar o título de eleitor, a menina aprendeu com os colegas de salas sobre a importância de escolher os candidatos em um processo eleitoral. “Eu sempre quis votar, mas terei que esperar completar 16 anos para tirar o meu título de eleitor”, diz.

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Outra informação que Luisa aprendeu na aula sobre as eleições e que repetia para os colegas é o fato do voto ser secreto. “A gente não precisa contar para ninguém em quem vai votar”, disse.

Pietro: quer tirar o título. Crédito da foto: Emidio Marques (27/8/2019)

Pietro Calejo, 10 anos, aluno da mesma turma, também gostou da aula diferente sobre democracia, título de eleitor e urna eletrônica. “Eu aprendi que o voto é obrigatório e quando eu completar 16 anos vou tirar meu título de eleitor. A gente não pode vender o voto e é importante escolher uma pessoa boa para governar o Brasil”, diz. (Ana Cláudia Martins)