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Afunilamento de via motiva reclamações em Sorocaba

03 de Novembro de 2018 às 08:11

Há cinco anos engenheiro mecânico denuncia problemas de tráfego na região, mas sem solução. Crédito da foto: Erick Pinheiro.

Motoristas que utilizam a avenida Jerome Case, no trecho próximo à Castelinho e também no sentido Éden, enfrentam problemas diários de congestionamento nas horas de pico. Para se ter ideia da situação, o que levaria apenas dois minutos para ser percorrido, chega ao ponto de 20 minutos de espera. No entanto, há quem diga que não teria necessidade alguma de passar por esse sufoco, porque há opções para a melhoria do trânsito local e isso depende apenas das autoridades.

Há cinco anos o engenheiro mecânico Marcos Eduardo Lopes vem publicando reclamações na coluna Do Leitor, do jornal Cruzeiro do Sul, pedindo ajuda para os responsáveis pela via. Como ele trabalha ali perto, tem de enfrentar esse caos todos os dias. Marcos diz que a duplicação, feita apenas no trecho central da avenida, não resolveu em nada os problemas de afunilamento nas duas saídas.

O engenheiro mecânico sugere que poderiam ser implantadas alternativas para fluir melhor o trânsito, como por exemplo ser criado um túnel ou viaduto para quem pretende ir direto para a avenida Independência, sem precisar parar no semáforo. Já no trecho próximo à Castelinho, a solução apontada por ele seria a abertura de um trecho em linha reta que o motorista não precisasse passar pelo viaduto para ter acesso para à rodovia Dr. Celso Charuri.

Uma reportagem publicada por este jornal no dia 27 de abril de 2013, já falava sobre o tema. O engenheiro não está sozinho em sua manifestação. Ao longo dos anos vários foram os leitores que falaram sobre o tema e clamaram por solução. No entanto Marcos não desistiu. Continuou lembrando as autoridades por meio de suas cartas. Em uma delas ele fez questão de registrar que a duplicação da parte central da avenida pouco ajudou, pois há afunilamento nas duas saídas possíveis, o que considera total falta de planejamento. “Gastou-se o dinheiro público e não resolveu o problema. Até quando teremos que conviver com os congestionamentos diários nos horários de entrada e saída do trabalho?”.

Em outra, publicada no dia 23 de novembro de 2016, a resposta da Prefeitura foi que “na gestão do prefeito José Crespo, esta situação será retomada e a solução será encontrada rapidamente. O leitor deve ficar atento a isto já para o início do próximo ano, assim que houver a posse do secretário da área.” Fato é que 2018 já está terminando e esta reportagem foi motivada por mais uma das reclamações de Marcos, pois o problema ainda não foi resolvido. Vale lembrar também que onde termina o trecho duplicado e começa a mão dupla de direção há risco de acidentes.

Urbes e ViaOeste se manifestam

A Urbes - Trânsito e Transporte informou que tem ciência das dificuldades de circulação que ocorrem no local, tendo em vista a alta demanda de veículos nos chamados horários de pico e os gargalos que surgem pela redução de faixas de rolamento. No que se refere ao trecho municipal, a Urbes afirma que a avenida Jerome Case e parte da avenida Conde Zeppelin foram duplicadas e o trecho restante de pista única, sentido avenida Independência, está previsto para duplicação mas depende de disponibilidade financeira, contudo, “até o momento não compromete a fluidez viária”. “Já o trecho próximo à rodovia Senador José Ermírio de Moraes e que se encaixa na alça, é de circunscrição estadual, entregue à concessão, o que impede o município de realizar obras”, diz a Urbes.

Ainda de acordo com a empresa municipal, no Brasil, as vias e áreas de atuação de trânsito são divididas em circunscrições, com as competências plenamente definidas, e cabe a cada órgão gestor solucionar as suas pendências. A Urbes diz que vem solicitando junto à concessionária medidas para promover melhorias na infraestrutura viária daquele trecho.

A CCR ViaOeste, concessionária que integra o Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo, e é responsável pela administração dos trechos rodoviários pertencentes ao Sistema Castelo-Raposo, afirma que não administra a avenida Jerome Case. A concessionária destaca que monitora diariamente o movimento na região do km 7 da rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP 075), a Castelinho, onde há o trevo que dá acesso à avenida. A concessionária, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, junto à Secretaria de Mobilidade e Acessibilidade, diz que estuda soluções de engenharia para melhorar a fluidez no trecho. No entanto, como o contrato da concessionária não prevê intervenções na região, qualquer obra depende de aprovação do Poder Concedente, mediante aditivo contratual.