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Visando economia, adesão a programas de fidelidade tem alta de 25%

26 de Janeiro de 2019 às 23:32
Ana Claudia Martins [email protected]

Para participar é preciso fazer um cadastro e pagar as compras geralmente com um cartão de crédito. Crédito da foto: Sebastião Moreira / AE

A empresária Marcele Pereira, 36 anos, conta que costuma fazer compras com o cartão de crédito para acumular pontos no programa de milhagens da Smiles e também de companhias aéreas. Assim como Marcele, os brasileiros têm aderido cada vez mais aos programas de fidelidade. Dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) apontam que a quantidade de cadastros nos programas de fidelização cresceu mais de 25% em 2018.

Além disso, os participantes de programas de fidelidade de seis de suas associadas (Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul) trocaram 64,4 bilhões de pontos/milhas por produtos e serviços no terceiro trimestre de 2018. O número é o maior já registrado pelo histórico da associação desde 2016. Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, o crescimento dos pontos/milhas resgatados foi de 17,9%. Frente ao trimestre anterior, o aumento foi ainda maior, de 27,5%.

Marcele afirma que é preciso conhecer como funcionam os programas de fidelidade e tomar cuidado para não perder os pontos acumulados, já que eles têm prazo de validade. “Fui viajar no fim do ano ao exterior, mas não compensou trocar meus pontos por milhas. Mas como minha filha vai viajar ao exterior na metade do ano, vou guardar os pontos para comprar a passagem dela, que daí vai sair praticamente sem custo”, conta.

Marcele faz compras com o cartão de crédito para acumular pontos. Crédito da foto: Fábio Rogério

Alta de faturamento

Já o faturamento das empresas chegou a R$ 1,76 bilhão, também o maior desde 2016, superando em 15,6% o mesmo trimestre do último ano. Para participar dos programas a pessoa precisa fazer um cadastro e pagar suas compras geralmente com um cartão de crédito.

O consumidor faz compras e ganha pontos de várias empresas. Em seguida, ele transfere seus pontos para redes de milhagens, que depois podem ser trocadas, no caso, por passagens aéreas, dependendo do programa de fidelidade.

Segundo a ABEMF, os consumidores brasileiros estão aproveitando os benefícios da fidelização, pois é no momento do resgate que o participante enxerga valor em seus pontos/milhas. “Quando o saldo acumulado se transforma em um produto, serviço ou mesmo em desconto, que o ajuda a economizar e aumenta seu poder de compra. A expectativa é que cada vez mais pessoas aprendam a utilizar os programas, o que deve impulsionar o desenvolvimento do setor nos próximos anos”, diz a entidade.

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A ABEMF afirma ainda que os programas de suas associadas atingiram a marca de 124,7 milhões de cadastros, valor que supera em 15,6% o registrado no mesmo trimestre de 2017. Só nos meses de julho a setembro, foram 4,1 milhões de novas inscrições.

O acúmulo de pontos/milhas no 3º trimestre do ano passado foi de 72,3 bilhões, um acréscimo de 16,4% na comparação anual. No momento de trocar seus pontos/milhas, os clientes seguem com a preferência por bilhetes aéreos. No mesmo período do ano passado, 75,3% dos pontos/milhas resgatados foram destinados às passagens de avião, e 24,7% para itens de varejo.

Descontos

Outros programas de fidelidade também representam descontos para os consumidores. Em Sorocaba, a rede de supermercados Bom Lugar, por exemplo, já possui 15 mil cartões fidelidade desde que o programa foi lançado no ano passado. Segundo Fernanda Serrano Crechetti, responsável pela central da rede, as vantagens para os consumidores são os descontos exclusivos para quem faz as compras com o cartão de fidelidade nos supermercados Bom Lugar. (Ana Cláudia Martins)

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