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Abandono de prédios públicos provoca discussão na Câmara

25 de Outubro de 2019 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Abando de prédios públicos provoca discussão na Câmara Prédios construídos para abrigar a rede Sabe Tudo agora servem como abrigos. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (15/10/2019)

Os problemas envolvendo próprios públicos de Sorocaba, citados em matérias do Cruzeiro do Sul, viraram pauta no Legislativo da cidade na sessão ordinária desta quinta-feira (24). Em foco, unidades do Sabe Tudo e dos bicicletários.

Renan Santos (PCdoB) usou a tribuna da Casa para tratar do problema. Ele citou o texto do Cruzeiro do Sul, publicado na edição de quarta-feira (23), que tratava do abandono das unidades do Sabe Tudo.

“Desde 2017 venho questionando o Executivo sobre a resolução desse problema. A justificativa no primeiro ano é que não havia dotação orçamentária”, conta Santos.

O parlamentar mantém o entendimento de que o ideal é fazer um chamamento público para que entidades possam administrar os locais.

Ele afirmou que sem manutenção, cada vez mais os locais vão se deteriorando. “E tem mais: virou uma questão de segurança pública”, afirma.

Conforme ele, já houve casos de uso dos locais para prostituição e consumo de droga. “O que mais me dá indignação é que a concessão para essas entidades não demanda nem de autorização da Câmara. Basta um decreto do governo”, diz.

“A morosidade, a burocracia e a má vontade do governo passado e desse governo angustia a gente”, alfineta.

Abando de prédios públicos provoca discussão na Câmara Bicicletários de vários bairros foram desativados e viraram alvos do vandalismo. Crédito da foto: Arquivo Pessoal

Luis Santos (Pros) destacou a questão dos bicicletários. Em um deles, conforme publicou o Cruzeiro do Sul, em 6 de outubro, ocorreu um estupro contra uma jovem de 22 anos.

“Defendo o planejamento. Não é só fazer, precisa manter. Eu entendo que é mais difícil manter do que fazer. Tivemos essas ideias que pareciam ótimas, incluindo o bicicletário e Sabe Tudo, que, de repetente, se transformaram em elementos que perderam a razão de ser”, comenta.

“E ainda tem o fato de que custaram aos cofres públicos. Hoje, são recursos públicos mal utilizados”, lembra. Santos também concorda que quanto mais tempo se deixa para fazer a manutenção, mais vai se gastar.

“E não é só isso. Pessoas mal intencionadas podem se apropriar desses lugares para outros fins”, diz. (Marcel Scinocca)

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