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Vamos escrever sobre sentimentos?

01 de Julho de 2018 às 09:12

Rita Bragatto - [email protected]

A parte mais interessante de atuar na área terapêutica tem sido me submeter a todas as técnicas que estou estudando. Os cursos que faço têm muito embasamento teórico. Mas tudo passa pela prática. Pela vivência. Pelo sentir. E agora, estudando em uma universidade exclusivamente terapêutica, este trabalho interno está ainda mais intenso.

Minhas atividades sempre começam com meia hora de meditação. Só depois vêm as aulas de Constelação Familiar, de Psico Antropologia, de Técnicas Energéticas, Trabalhos de Grupo e por aí vai. Ou seja, a gente começa o dia com um convite a se olhar. A se ouvir. A entrar em contato com nossas emoções e sentimentos. Com a nossa essência.

E, dentro desse contexto de me olhar e de olhar o outro com mais freqüência e respeito, uma das coisas que mais me tocou nesse primeiro mês foi um pequeno cumprimento, que fazemos antes do grupo de estudos de Psico Antropologia. A gente fica de frente pra cada um dos colegas e diz, olhando nos olhos:“Eu vejo você. E o aceito como você é. Eu aceito o seu destino e o meu como eles são porque tudo o que eu penso, o que eu sinto e qualquer que seja a minha atitude, você é uma parte de minha vida."

A primeira vez que ouvi essa fala eu fiquei extremamente emocionada. Não apenas porque ela veio do meu coach, um homem que tem me ajudado muito aqui.  Mas pela profundidade da mensagem. Pelo nível de aceitação do outro. De respeito à individuação. De benevolência.

Eu me senti acolhida e, ao mesmo tempo, livre. Foi como se tivesse me desvencilhado de condicionamentos negativos, de crenças limitantes de pensamento e compreensão. Funcionou como um aval para que eu tirasse “a máscara”. Eu não precisava corresponder às expectativas de ninguém.

O melhor disso tudo é que essa sensação não se restringiu à sala de aula. Em meu dia a dia, percebo que tenho agido mais alinhada à minha essência. Estou muito mais atenta à minha verdade. Há mais coerência entre o sentir, o falar e o agir. E, diante dessa sensação tão positiva, pensei: por que não verbalizo isso para mais pessoas e as libero de mim, do meu julgamento, da minha expectativa? Por que não compartilho essa experiência? Em resumo: pensei em ampliar essa prática e lhe fazer um convite.

A minha proposta é a seguinte: que tal você que tal você fazer esse exercício e depois me contar como foi a sua experiência? Escolha alguém do seu convívio. Não precisa ser tão literal na fala. Fique com a essência da atividade. O importante é você sentir e verbalizar que aceita o outro exatamente como ele é. Você pode fazer isso também diante do espelho ou ainda me imaginar diante de você, falando essa frase. E observar como você se sente.

Depois, a segunda parte do meu convite é você escrever uma cartinha pra mim contando essa experiência. Você não leu errado, não.  Eu, realmente, estou te convidando a me escrever à moda antiga. A me contar a sua experiência com a sua letra. Com a sua energia. Colocar num envelope. E postar nos Correios.

Por que estou te pedindo isso? Porque transformar sentimentos em palavras é extremamente terapêutico. Você precisa parar. Se concentrar. Se ouvir. Se compreender. Demanda certa energia. Portanto, é uma forma de elaboração. Existem muitos estudos que revelam uma ligação entre a “escrita à mão” e o desenvolvimento cognitivo, já que este ato aumenta a atividade cerebral de forma bem mais expressiva do que a escrita num teclado de computador ou de um celular.

Antigamente, as cartas eram a única maneira de entrar em contato com quem estava longe. Elas levavam consigo sentimentos de saudade, declarações de amor e desabafos. Nos dias de hoje, essa tradição perdeu força com a popularização da internet e o acesso fácil ao celular. Mas essa sensação de colocar sentimentos em um papel ainda faz toda diferença.

Em resumo, esta atividade será um presente que você fará a si mesmo e, obviamente, a mim também. Você reservará um tempo para se observar de maneira mais profunda. E eu vou gostar muito de ver você. Enxergar exatamente quem você é. O que você sente. Qual a sua história. Obviamente que, como profissional, vou tratar o conteúdo com muita atenção, com muito respeito e de forma confidencial.

Aceita meu convite? Então aqui vai o endereço da minha caixa postal na França:

Poste Restante

67140 Barr – France

Rita Bragatto 

Rita Bragatto - psicanalista, consteladora familiar e terapeuta floral

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