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Setores essenciais contratam

31 de Março de 2020 às 00:01

Não resta dúvida de que a pandemia provocada pelo novo coronavírus está provocando estragos na economia de todo o planeta.

O distanciamento social a que praticamente todos os grandes países adotaram estão refletindo na economia.

As grandes indústrias estão dando férias coletivas ou usando outros mecanismos para preservar seus funcionários.

No Brasil, como nos outros países, o governo tem anunciado medidas importantes de amparo a empresas e trabalhadores nesse período excepcional.

E não podemos nos esquecer de que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de desempregados, herança da maior crise econômica pela qual atravessamos, e de um número gigantesco, difícil de calcular, de pessoas que trabalham na informalidade e que não têm amparo social em momentos de crise.

Mas se por um lado a pandemia causa a paralisação de vários setores da economia, os serviços essenciais entraram em um processo acelerado de contratações para dar conta do súbito aumento do movimento comercial.

A restrição de deslocamento das pessoas, transporte coletivo precário, horários especiais e afastamento de trabalhadores que pertencem a grupos de risco têm levado muitas empresas a abrirem milhares de vagas.

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E as oportunidades estão concentradas nos setores de saúde e alimentação.

Grandes redes de supermercados estão contratando.

Três desses grupos, juntos, anunciaram que pretendem empregar 11,5 mil funcionários, entre temporários e efetivos, para poder atender às mudanças que estão ocorrendo no País nestes tempos de quarentena.

Somente o grupo Carrefour abriu 5 mil vagas, entre temporárias e efetivas.

Esse crescimento no quadro de funcionários dessas grandes redes ocorre devido a maior procura de itens de alimentação, higiene e limpeza.

Estão sendo contratados repositores, caixas e setor de atendimento, tanto para os centros de distribuição das redes, como para as lojas.

O processo de seleção e contratação dos novos funcionários das grandes redes será digital, seguindo os protocolos para evitar a contaminação.

O Grupo Pão de Açúcar - Extra também se movimenta para ampliar seu quadro de colaboradores.

Está contratando perto de 5 mil trabalhadores temporários por um período de 30 dias, que pode ser prorrogado.

Esse movimento de reforço no quadro de funcionários das empresas do varejo é mundial.

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O Walmart, que no Brasil agora pertence ao Grupo BIG, mas ainda é o maior empregador privado nos Estados Unidos, informou que contratará 150 mil trabalhadores temporários no seu país de origem, enquanto a Amazon acena com mais 100 mil vagas.

Redes de farmácias também estão se adaptando e contratando pontualmente, uma vez que necessitam repor os funcionários que se encontram em quarentena por pertencerem aos grupos de risco.

Na área da Saúde, também estão ocorrendo contratações e a tendência é aumentar nas próximas semanas com a evolução da pandemia e o aumento de pessoas internadas.

Na Região Metropolitana de Sorocaba, vários municípios estão preparando esquemas especiais para atendimento de doentes pelo novo coronavírus.

Sorocaba deverá construir um hospital de campanha na Arena Multiúso, onde deverão trabalhar profissionais da rede pública de saúde, mas, certamente, necessitará de contratar temporariamente profissionais da área.

Somente o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, que está na linha de frente do combate à epidemia, informa que contratará mais de 1.400 temporários, e um terço deles deverá trabalhar no hospital de campanha do estádio do Pacaembu.

Outros hospitais de grande porte na Capital também abriram vagas para poder dar conta da demanda.

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Os efeitos da pandemia e a alta do dólar no Brasil estão provocando mudanças no setor industrial.

O alto preço da moeda norte-americana e a incerteza do fornecimento de produtos importados, sobretudo fabricados na China, têm levado muitas empresas a acelerar projetos de nacionalização de seus produtos.

Um exemplo típico é o do fabricante de eletroportáteis Mondial que está investindo R$ 47 milhões de capital próprio para ampliar sua capacidade de produção e fabricar localmente produtos que eram importados da China.

Em Sorocaba, a expectativa é do início da produção de respiradores por uma empresa local, especializada na produção de produtos eletrônicos.

A empresa estaria se preparando para produzir 400 respiradores por dia.

Esse equipamento precisa estar presente em todas as UTIs e é uma contribuição importantíssima para o combate à Covid-19.

Embora em situação singular, com severas restrições por conta da pandemia, alguns setores da economia reagem,  adaptam-se e mantêm o País funcionando.