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Mundo pet

30 de Agosto de 2019 às 00:01

Os animais de estimação definitivamente conquistaram os brasileiros, assim como ocorre na maioria dos países. Essa paixão pelos pequenos animais fez surgir uma grande quantidade de entidades de proteção, grupos de discussão e voluntários da causa pet.

Também turbinou uma atividade econômica voltada exclusivamente a esse público, com suas fábricas e redes de lojas especializadas na venda de rações e todo tipo de produtos relacionados aos animais domésticos.

Cenas de maus-tratos, geralmente de pessoas agredindo covardemente animais indefesos, viralizam nas redes sociais, têm milhões de visualizações em poucas horas, causam comoção e se transformam muitas vezes no assunto mais comentado do dia.

E é importante que exista essa rede de proteção. Afinal, o Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo.

Temos nos lares brasileiros mais de 52 milhões de cães, 22 milhões de gatos, 18 milhões de peixes, 37,9 milhões de aves e mais 2,2 milhões de outros animais. Ao todo são 132,4 milhões de pets que fizeram a indústria de produtos para animais de estimação faturar R$ 20,37 bilhões em 2017.

A convivência e a paixão do ser humano pelos animais de estimação remontam à pré-história, quando os primeiros animais começaram a ser domesticados. Estudos antropológicos nos informam que os primeiros animais de estimação surgiram há 30 mil anos e o primeiro deles foi o cão, considerado por muitos o melhor amigo do homem.

No último sábado, dia 24, representantes de organizações não governamentais e ativistas da causa animal se reuniram na Câmara de Vereadores para discutir essa questão e elaboraram a “Carta Sorocaba Unida pelos Animais”.

O documento tem dez itens de reivindicações e propostas de proteção e cuidados com os animais. Entre outros pedidos o documento solicita o aumento de castrações de animais da população ou sob a responsabilidade de Ongs e protetores. Também foi solicitada a elaboração de um projeto de lei que proíba as pessoas de acorrentar animais, prevendo inclusive multas severas aos que descumprirem a medida.

Foi apresentada ainda a proposta da formação, por meio de lei, de uma farmácia solidária para a causa animal a fim de que laboratórios farmacêuticos doem medicamentos veterinários para serem distribuído às Ongs que resgatam animais com problemas de saúde ou que foram vítimas de acidentes.

Na mesma semana, duas notícias relacionadas aos animais de estimação chamaram a atenção. A primeira é que, mais uma vez, a campanha de vacinação antirrábica, que tradicionalmente tem início no mês de agosto, foi adiada e, a exemplo do que já ocorreu no ano passado, começará em novembro.

A alteração de datas ocorre porque a realização da campanha está condicionada à distribuição das doses de vacinas pelo Ministério da Saúde às prefeituras. Sorocaba mantém estoques da vacina apenas para casos de emergência. Há, no momento, um desabastecimento dessa vacina no país por conta do atraso na entrega do produto por parte do fabricante. As entregas, segundo o Ministério, serão normalizadas em novembro.

Por conta desse atraso, além de Sorocaba, vários municípios da RMS também terão de adiar a vacinação. Até lá, os responsáveis por cães e gatos podem optar por vacinar seus animais em clínicas veterinárias particulares.

A outra notícia é que o mutirão de castração de animais atenderá 17 bairros de Sorocaba, bastando que os responsáveis façam inscrição em locais indicados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Parques e Jardins. A castração é um método garantido de controle populacional dos animais domésticos e ainda diminui a probabilidade de algumas doenças como tumor de mama e tumor de próstata.

O objetivo é reduzir o número de animais abandonados e melhorar a qualidade de vida dos pets. As estatísticas sobre o número de animais domésticos em Sorocaba estão desatualizadas, mas em 2013 a cidade tinha aproximadamente 200 mil cães e gatos. A boa notícia é que durante a cirurgia de castração, os animais receberão microchip de identificação que permite a localização do responsável dos animais perdidos ou abandonados.