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Editorial

Que seja um Feliz Natal do reencontro

Se em 2020 ficamos mais isolados devido à precaução e às recomendações rígidas de distanciamento, agora temos um cenário bem mais animador

25 de Dezembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Pixabay.com)

Chegou o Natal! Faz parte da tradição cristã comemorar a data natalina em reunião com familiares e amigos. Sentimentos como amor, solidariedade, empatia, carinho e respeito, entre outros, são expressados neste período tão especial para todos.

Natal é um momento mágico, de decoração e luzes pelas cidades, daquele prato saboroso da vovó, do encontro familiar -- mesmo com as inevitáveis desavenças ou costumeiras gafes, tão características da maioria das famílias. Mais importante do que isso, porém, é que o Natal é o tempo para estarmos junto das pessoas que amamos.

E depois de tudo o que passamos nesses últimos dois anos, poder estar perto é ainda mais especial. Parece que foi ontem que ouvimos pela primeira vez as palavras coronavírus e Covid. Na sequência já descobrimos o significado de pandemia. E com ele, fomos obrigados a conviver com termos e situações como isolamento, protocolos sanitários, contaminação, internação, medo, angústia, desespero, morte, imunização e tantos outras que incorporamos ao nosso dia a dia desde janeiro de 2020.

Para nos protegermos, fomos obrigados a adotar uma série de procedimentos e rotinas como uso de máscaras, de alcool em gel e distanciamento social. Foi difícil, sofrido, doloroso. Perdemos familiares, amigos e conhecidos pelo caminho. Foram milhares de despedidas, de notícias preocupantes, de dramas pessoais e coletivos. Vimos o mundo virar de ponta cabeça, os negócios terem de se reinventar do dia para a noite, empresas quebrarem, outras prosperarem. Enfim, vimos quase tudo durante esses dois anos de pandemia.

Por tudo isso, o Natal também será de grande dor para parentes e amigos daqueles que não estão mais entre nós. Muitos sonhos foram desfeitos, planos foram alterados, muitas vidas foram perdidas, abraços foram adiados ou interrompidos para sempre.

Felizmente, esse período mais sombrio parece ter ficado para trás. No ano passado, o Natal foi mergulhado em tristeza, angústias, dúvidas. O maior presente era sobreviver à pandemia. Infelizmente nem todos conseguiram. Mas cá estamos.

Portanto, é importante primeiramente sermos gratos por estarmos vivos, por podermos usufruir da dádiva da vida. É hora de refletir sobre as relações humanas em toda a sua plenitude, com amor, empatia, contrariedades e as sujeições a que ela, a vida, nos submete.

Se em 2020 ficamos mais isolados devido às recomendações rígidas para certo distanciamento e precaução, agora temos um cenário bem mais animador. A vacinação está avançada --- anteontem à noite o Brasil chegou a 66,7% da população com o ciclo vacinal completo e 75,4% com a primeira dose --, e isso vai permitir muitos reencontros. Apesar da situação ainda exigir cuidados, haverá mais tranquilidade para passarmos a data em família. Com abraços, beijos, celebrações e manifestações de carinho que não pudemos expressar por um longo período.

Esperamos que a pandemia siga mais controlada. E que em 2022 a vacinação avance para todas as nações, permitindo uma imunização global. Que o Brasil supere cada dia mais as dificuldades impostas pela Covid-19. E que, com essa perspectiva, tenhamos um Natal de esperança renovada, solidariedade e confiança em dias melhores à frente.

Natal é época de renascimento, de reacender o calor humano, de ser grato por tudo e renovar os sonhos e metas para o ano novo que já se anuncia. É como um hino para a humanidade, portanto é hora de viver e manifestar o espírito natalino. O Natal é uma data simbólica e carregada de esperança, algo que todos nós estamos precisando depois de tempos tão difíceis. Um feliz e maravilhoso Natal, repleto de paz, saúde, harmonia e prosperidade!