Energia alternativa
Geração solar distribuída deve dobrar em 2022
Número de clientes atingiu marca de 1 milhão este mês, crescimento de 122% em relação a janeiro de 2021
Apontada como opção para aliviar as elevadas contas de luz, a geração solar distribuída vai ter um novo salto este ano com a aprovação do novo marco legal do setor (Lei 14 300/2022), avalia o Portal Solar, plataforma de conteúdo especializada em energia solar que recebe diariamente cerca de mil consultas sobre a instalação de sistema fotovoltaicos no País.
De acordo com o portal, a geração solar distribuída atingiu em janeiro a marca de 1 milhão de clientes em residências, comércio, indústria, propriedades rurais e prédios públicos, crescimento de 122% em relação a janeiro de 2021, quando haviam 450 mil clientes gerando energia própria.
O Portal Solar ressalta, no entanto, que os consumidores que utilizam a energia solar na geração própria representam apenas 1,1% do total de estabelecimentos com conta de luz no País, hoje com 89 milhões de unidades.
“A geração solar feita pelos consumidores é atualmente uma das principais alternativas contra os reajustes tarifários na conta de luz e alivia o orçamento do cidadão neste período de escassez hídrica. A criação do marco legal, além de ampliar os investimentos no País, vai estimular a entrada de novos empreendedores no segmento de energia solar”, afirmou o presidente do Portal Solar Franquia, Rodolfo Meyer.
A previsão de Meyer é de que em 2022 a empresa selecione mais 600 franqueados, alta de 362% em relação aos atuais 130. No ano passado, houve uma aprovação média de 25 candidatos por mês, resultado que deve ser dobrado este ano.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil vai dobrar este ano a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, para 25 gigawatts (GW), e a geração distribuída será responsável por 17 GW desse total.
Atualmente, a energia solar atende a todas as classes de consumo do Brasil e é vista como uma alternativa para redução de gastos, alívio do orçamento das famílias e aumento da competitividade das empresas, já que a conta de luz é um dos maiores vilões da inflação brasileira.
Em 2021, a tarifa de energia elétrica subiu 21% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e esse cenário deve se repetir em 2022, pelos cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Estadão Conteúdo e Redação)