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Passeios Cromáticos

07 de Agosto de 2019 às 00:01

No colorir julho, nossos ipês (brancos e rosas) arriscam floradas de alerta para as muitas cores que nos envolverão na primavera próxima. Flamboyants e jacarandás paulistas ainda hibernam.

A qualquer tempo, vislumbramos algumas brasileiríssimas e imponentes paineiras de flores cor-de-rosa. (Ah! Doeu-me quando derrubaram a maravilhosa paineira próxima ao terminal Santo Antônio... O progresso possui suas prioridades!).

As simpáticas “patas-de-vaca”, de flores rosas ou brancas, acompanham-nos, margeando ruas despretenciosamente, incorporadas à paisagem urbana.

No segundo semestre, as belas, altaneiras e copadas sibipirunas, de tão generosas sombras, cobrem-se de amarelo vivo, praticamente até o final do verão.

Também estarão presentes os majestosos guapuruvus, sobressaindo-se pela altura e imponência de seus troncos poderosos.

Esses são apenas alguns exemplos de árvores mais conhecidas, que embelezam nossos espaços. Inúmeras, as espécies espalhadas pela cidade. Algumas, relativamente raras.

Contudo, na minha visão de admirador, encontro especial beleza na paineira-vermelha-da-Índia (“bombax ceiba”) ou simplesmente “paineira-vermelha”, a explodir em flores vermelhas nestes meses de inverno.

Alguns magníficos exemplares encontram-se no Parque Campolim, logo acima do grande lago onde os biguás exercitam-se diariamente em pesca ecológica. Cobertas de flores, protagonizam maravilhoso espetáculo e nos convidam à contemplação.

Invariavelmente, atendo-lhes o chamado. Ao passar por ali, dou-me o presente de lhes reverenciar a harmonia e a beleza. Poucos minutos bastam para tornar o espírito mais leve!

Vale a pena visitá-las. Com direito a selfie.

JOSÉ OSMIR FIORELLI