Galinheiros em área urbana

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É decepcionante a postura da Zoonoses perante as sucessivas reclamações sobre existência de um grande galinheiro localizado à rua Ovídio Antonio Ribeiro, no Bairro Wanel Ville IV, portanto em área urbana.

O fato é que o galinheiro, que ocupa o espaço equivalente a 3 lotes de terrenos e não é coberto, contribuiu para o aumento exponencial de pombos no local, atualmente mais de 40 pombos, que coincidiu com a instalação de tal criação no local.

Registradas várias reclamações perante a Zoonoses, o fato é que o problema perdura por meses, uma vez que os agentes somente comparecem ao local e dão orientação ao morador responsável pelos cuidados do galinheiro, sem obrigar que este faça uma cobertura e fechamento total do galinheiro ou apliquem penalidade de multa em decorrência da continuidade da prática e não adoção das adequações solicitadas.

Foi informado pelo Setor de Ouvidoria, que em vistoria no local, no dia 22/07/2020, os agentes da Zoonoses entenderam que houve diminuição nos animais com a interrupção de oferta de alimentos aos pombos. Ainda, entendeu que a quantidade de animais é considerada adequada, não representando risco aos moradores. Lamentável! Pois, até a data 07/08/2020, quando envio desta carta, o problema persiste e na mesma gravidade!

A Lei municipal nº 8.354/07 deixou de proibir a instalação de galinheiros na área urbana da cidade, mas ao mesmo tempo proíbe em seu artigo 13, inciso VI, a criação e guarda de animais que causem insalubridade e incômodos para a vizinhança, que é o que ocorre neste caso, pois o problema não são as galinhas em si, porém o fato do galinheiro não ser totalmente fechado e coberto, em extensa área, permitindo que os pombos oportunistas tenham alimentação fácil, o que propicia a sua expressiva proliferação, que causam incômodos e risco à saúde dos moradores vizinhos, com infestações de ninhos nos telhados, barulho insuportável das muitas aves arrulhando e fezes em vários locais, com enorme risco de transmissão de doenças, como pode ser facilmente constatado em visitas aos imóveis da rua Ovídio Antônio Ribeiro e da rua José Abel Buckart.

Conto com o jornal para que as reclamações sejam ouvidas e que finalmente o Setor de Zoonoses tome medidas mais concretas e eficazes, não apenas dando orientações e prazos para oportunidade de adaptações, haja vista que por meses nenhuma solução efetiva foi dada e os problemas dos pombos persistem e o proprietário do imóvel nunca foi notificado. Basta os agentes comparecerem no local no período da manhã para constatarem a grande quantidade de pombos que fica nas fiações elétricas, telhados e nos outros terrenos próximos ao galinheiro.

JOSÉ MARCOS FOGAÇA