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Tenha tempo para acolher

25 de Setembro de 2018 às 07:52

Ao ver o vizinho regando as plantas do jardim com água fervendo você pensa, com bons motivos, que há algum parafuso frouxo na cabeça dele. Só que faz algo parecido quando, ao encontrar alguém caro ao seu coração, num espaço qualquer, responde a indagação dele sobre como vai a vida dizendo que anda “muito ocupado”. Ao fazê-lo, observa o psicólogo Richard Carlson, desperdiça a oportunidade de falar -- e de ouvir -- algo que realmente importa.

O mundo vive cheio de gente muito ocupada. Desde cedo cada um de nós se envolve em compromissos e atividades práticas na escola, família ou trabalho. Isso preenche nossas horas sem saciar nossa necessidade de dar e receber afeto e mostrar interesse por aqueles que nos rodeiam. Relatórios sobre o tempo gasto podem servir para que o chefe avalie o seu desempenho na firma. Às vezes, nem para isso servem.

Aquele que lhe pergunta como vai lhe dá a deixa para falar de suas inquietações, esperanças, tristeza e alegrias e espera que retribua. O que menos importa a ele é ouvir algo sobre o seu grau de ocupação, seja ela qual for.

O intercâmbio emocional não implica em ouvir longo relato sobre os contentamentos ou aflições do outro. Às vezes basta um abraço, um aperto de mão que traduza efetivo anseio de encontro, uma troca de sorrisos ou até o verter simultâneo de alguma lágrima -- gestos que exigem apenas alguns segundos, mas salvam um dia inteiro.

Use, sem avareza, o dom de acolher. Permita entregar-se à emoção do reencontro. Ao retomar as ocupações elas parecerão mais leves e, certamente, terão maior e mais intenso sentido -- que é o que realmente importa.

“Ela disse: ‘Senhor, quanta generosidade e quanta bondade! Eu não mereço! Fico comovida de ser tratada dessa maneira, pois nem sou daqui’.”

Rute 2:13

A Mensagem -- Bíblia em Linguagem Contemporânea