Pregue a paz e viva em paz
Gandhi nunca enfrentou no tapa as tropas inglesas que ocupavam a Índia. Luther King não armou exércitos de afrodescendentes para confrontar as forças policiais contra ele atiçadas pelos racistas. Nelson Mandela liquidou o apartheid e fez da África do Sul uma potência emergente pela via do pressionamento pacífico e da negociação.
Muitos arautos da justiça -- inclusive no Brasil -- foram mortos quando buscavam humanizar a realidade que esmagava os humildes. Mas, em momento algum, pensaram em pagar na mesma moeda. Colheram, na ação e na reflexão, a certeza de que quem vive pela espada, pela espada morrerá. A luta é, muita vez, essencial à mudança, mas há que ser travada de modo sereno, por meios suasórios, com espírito tranquilo e descarta não apenas a perda de vidas e o derramamento de sangue, como toda forma de agressão física e até mesmo a palavra dura.
O Evangelho, ao interditar a cólera, age em favor das boas causas e também da saúde emocional e física daquele que, pensando em defende-las, ira-se com facilidade e perde o controle sobre o que diz e faz.
Quando a raiva comanda suas atitudes, deflagra processos danosos ao seu bem-estar e o torna candidato a doenças que encurtam sua vida e, antes disso, corroem a qualidade dela.
Provocações não faltam, semeadores do ódio estão em cada canto do mundo, ao longo do caminho são muitas as armadilhas desestabilizadoras. Evite-as, preserve a paz em seu coração e jamais dê o troco, pois o revide violento é tudo o que o adversário espera de você.
“Não se deixe tão facilmente tomar pela cólera, porque a cólera se abriga no peito do insensato.”
Eclesiastes 7:9
Nova Bíblia Pastoral