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Importância de bolsas de fomento na dinâmica escolar

15 de Outubro de 2019 às 00:01

A ação do ensino tradicional não pode formar alunos autônomos se seus professores não o são, pois não há autonomia sem reflexão sobre o ambiente escolar para transformá-lo.

Nossas emoções e ações são influenciadas por nossas crenças. Os acontecimentos não nos afetam diretamente, senão pela forma como o interpretamos.

Muitas vezes partimos de crenças errôneas que nos levam à angústia e nos preocupam desnecessariamente, provocando reações intensas e reagindo à conduta da criança na visão da nossa própria experiência da infância, influenciando assim nossas relações presentes, muitas vezes de forma inconsciente.

No ser humano, o desenvolvimento se dá pela incorporação das experiências com o outro, num conjunto das relações sociais, emergindo assim características, possibilidades e dificuldades.

Ao defrontar com a dinâmica escolar e suas especificidades numa sociedade multicultural, o professor deverá superar suas experiências e padrões do passado, tornando-se conhecedor dos progressos na educação, para estar preparado para as demandas dos novos desafios e de mudanças de paradigmas, o que significa uma revolução no modo de pensar e de viver, aceitando a ideia de que vivemos em uma nova sociedade, na do conhecimento, implicando em repensarmos nossa educação.

E para conseguimos fazer essa transformação, o primeiro passo é mudar nossa maneira de ver o mundo, acreditando assim na possibilidade de mudança do outro, de si e da realidade.

Incorporando o novo, sem se engessar pela tradição, comprometidos com a certeza de que mudar é possível e imprescindível. Nesta perceptiva, a educação é um processo de incompletude e vai se construindo e se reconstruindo no coletivo.

Evidenciar necessidade de confrontar práticas, já estabelecidas e incorporadas, seja pela construção histórica ou por experiências acadêmicas reconhecendo as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino como prática de criar alternativas para superá-las na construção de sistemas de ensino inclusivos para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas, é ação necessária ao educador transformador da sociedade.

Para que no exercício da profissão docente algumas crenças e valores não se tornem práticas altamente cristalizadas, adquirindo um estatuto de legalidade, temos alguns projetos e programas que nos auxiliam: O Programa Institucional apresentado pelo MEC, de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que atua na formação para futuros professores, uma vez que motiva a realização de pesquisas científicas em grupos e a socialização das mesmas com a comunidade local, objetiva estimular a prática pedagógica através das experiências vividas e dos projetos desenvolvidos e o fomento ao protagonismo.

Ele também é caracterizado por um espaço de mostra de experiências e projetos, para estimular o ensino-aprendizagem na educação básica.

Assim, consideramos que o Pibid promove o envolvimento e a participação efetiva dos alunos (futuros professores) como protagonistas na construção do conhecimento em conjunto com todos os envolvidos no contexto escolar, possibilitando assim um trabalho investigativo que leva em conta a importância dos aspectos mais qualitativos da realidade e nos processos das relações humanas e sociais.

Trata-se de responder não apenas “qual a importância da dinâmica escolar diferenciada”, mas “por que é importante”.

Catarina Hand é mestra em Educação, professora e coordenadora do subprojeto Pibid/Pedagogia na Universidade de Sorocaba. Fátima Haring é pedagoga e professora-supervisora do Pibid/Pedagogia na EM Dr. Getúlio Vargas, em Sorocaba.