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Ascensoristas do Século XXI

22 de Agosto de 2018 às 08:01

Nos elevadores de última geração a identificação, de que andar se pretende ir, já é feita ao chamar o elevador. Com a inteligência artificial os elevadores são distribuídos e a energia é maximizada, por outro lado em vários edifícios públicos, por todo o Brasil, ainda encontramos ascensoristas. Nada contra a profissão e os trabalhadores, mas apenas para figurar um exemplo da máquina pública e do tamanho do Estado.

As famílias e as empresas sempre se adequam aos novos orçamentos com desemprego, queda da renda, queda das vendas, enfim todos ajustam suas despesas às receitas. Se não fizermos isso nos orçamentos públicos nunca sairemos de nossa crise e, portanto, nosso país será incapaz de crescer.

Assim, como nossas contas, o orçamento de nossa cidade, nosso estado e nosso país precisam estar ajustados, é urgente uma profunda alteração nas regras que regem nossas despesas públicas.

Temos inúmeras exigências, que, com objetivo de atender demandas necessárias, engessam as decisões de gestão racional para nossas despesas. Os exemplos não faltam, mas deveríamos começar a discutir alguns pontos.

O avanço da tecnologia nos possibilita fazer mais com menos pessoas. A burocracia do setor público, os carimbos, fluxos de papel e despachos sem fim para tudo e para todos, tem apenas uma utilidade -- atrasar nossos avanços e aumentar nossos custos.

Claro que alguma burocracia é importante e necessária, mas precisamos evoluir. Assim como milhões de famílias tiveram que cortar despesas e milhares de empresas tiveram que diminuir seus custos. O nosso país já vive há alguns anos com déficit primário, onde não consegue nem amortizar a dívida.

Não sobram recursos para investimento e saúde, precisamos alterar alguns conceitos e atualizar para a realidade do novo século, qual a razão de existir ascensoristas com um elevado salário, em diversos prédios públicos, pagos com nossos impostos?

Para que tantos carros públicos em todos os poderes e em todos os níveis de governo com seus motoristas e até milhões de reais gastos com lavagem destes veículos ? Alguns gestores já reconheceram e alteraram para uso de aplicativos de transporte.

Assim como na iniciativa privada, o poder público precisa fazer mais com menos, pois, se quisermos crescer, precisamos administrar e gerenciar como nossas escolas de administração e economia nos ensinam.

A estabilidade do emprego público pode trazer segurança para alguns, mas também traz acomodação para muitos. Precisamos obedecer as regras, mas o questionamento se faz necessário para que possamos evoluir.

Não tenho nenhuma dúvida que seria possível, com métodos objetivos e meritocracia, criar formas e modelos de melhor administrar os órgãos públicos.

Conceito para todos os níveis de governo, vários entes da federação têm feito esse trabalho de cortar empresas públicas, cargos comissionados, e autarquias, mas com déficit na casa da centena de bilhão, muito mais precisa ser feito, precisamos enfrentar alguns mitos e conceitos enraizados, um deles certamente é a possibilidade de prestigiar os funcionários públicos que cumprem bem o seu papel de atender a população, mas também não deixar os acomodados se servirem da estabilidade e começar a contagem para aposentadoria no dia seguinte que começam seus empregos.

Nenhuma empresa pode ter sucesso e nenhum chefe tem capacidade plena de comando se não puder demitir e reestruturar, administrativamente, seus departamentos. Para construir um novo país se faz necessário questionar modelos e buscar formas modernas de gestão e administração.