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A nova realidade nos modelos operacionais de trabalho

07 de Agosto de 2020 às 00:01

Murilo Macedo

Muitas mudanças que já estavam em andamento nas relações sociais e de trabalho começam rapidamente a mostrar sinais de consolidação em meio à crise da Covid-19.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o home office poderá alcançar 22,7% das ocupações existentes no País, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas. Os pesquisadores catalogaram 434 tipos de ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro e concluíram que 25% dessas atividades poderiam ser realizadas remotamente.

Ainda que o desejo seja retomar o padrão pré-pandemia, muitas empresas, dos mais diversos setores, dinamizaram processos com inovadores formatos de trabalho. E que muito provavelmente se tornarão permanentes. Gigantes do setor de tecnologia como Google, Facebook, Twitter já anunciaram que adotarão o home office até 2021.

A Prodesp -- Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, implementou o home office ao anúncio da quarentena. Sem qualquer prejuízo à eficiência, velocidade e segurança, 94,1% dos funcionários e 84,7% dos terceiros executam suas atividades de suas casas, mantidos presencialmente apenas os colaboradores indispensáveis para a operação dos servidores, que atendem uma infinidade de serviços oferecidos pela companhia -- muitos deles vitais para o funcionamento do governo estadual.

Como todo processo de mudança, a nova realidade exigiu novos hábitos, adaptações, disciplina. Mas sem dúvida, além de garantir maior segurança à vida do funcionário e de seus familiares, hoje nota-se que esta nova metodologia de trabalho veio para ficar.

Por meio da plataforma Teams, a solução tecnológica da Companhia para o teletrabalho, foram trocadas mais de 4,7 milhões de mensagens, entre voz, texto e videoconferência. E em pesquisa preliminar aplicada junto aos funcionários, mais da metade deles veem o home office positivamente. As reuniões se tornaram mais produtivas e a interação entre as áreas se intensificaram, alcançando melhores resultados tanto na produtividade quanto na otimização de recursos.

Abarcando um conceito mais amplo, arrisco a dizer, sem nenhum exagero, que as mentes corporativas estão atravessando um momento de transição, para uma era de relações jamais vista, seja na forma de proposição de soluções à gestão pública ou ao mundo corporativo. E isso é reforçado pela grande parte da força de trabalho que já migrou para o formato de trabalho a distância.

O chamado teletrabalho, antes específico para um pequeno número de atividades, emite fortes sinais de que veio para quebrar paradigmas. Com a tão falada transformação digital se tornando uma realidade com o home office, estão postas inúmeras oportunidades para aproveitar esta nova forma de trabalho.

Em seus 50 anos de existência, a Prodesp tem perseguido insistentemente modelos inovadores, cumprindo a tarefa diária de implementar a transformação digital no Estado, através de novas soluções voltadas à desburocratização, agilidade, transparência e eficiência.

O futuro é hoje, e a hora é agora. Estamos prontos.

Murilo Macedo é diretor administrativo-financeiro da Prodesp - Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo.