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Danilo Balas

Parabéns ao governo Tarcísio por se manter favorável à implementação das Escolas Cívico-Militares

Muitas famílias que foram desestruturadas por perderem os seus filhos e netos para o crime não aguentam mais e pedem socorro às autoridades

25 de Julho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Ao anunciar, no dia 10 de junho deste ano, a extinção do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), implantado pelo Presidente Bolsonaro, o Governo Federal dá um passo desfavorável à educação. Essa decisão preocupante, que afeta milhares de crianças e jovens, causa-nos perplexidade. Com 202 escolas e 120 mil estudantes, o programa, que foi implantado em escolas públicas de ensino regular, estava agradando a inúmeras famílias que batalham por ensino de qualidade para seus filhos. Esse modelo de gestão cívico-militar baseia-se em uma parceria entre o corpo docente e a equipe militar, composta por profissionais das Forças Armadas ou das Polícias Militares. Essa sinergia visa criar um ambiente mais organizado, com regras claras de conduta, além de valorizar disciplina, respeito e responsabilidade.

Neste artigo, parabenizo o governador do nosso Estado, Tarcísio de Freitas, que fez um gol de placa ao tecer elogios a esse modelo de ensino e afirmar, em suas redes sociais e durante entrevistas, que editará um decreto para regulamentar a implantação das escolas cívico-militares no Estado de São Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) já enviou ofícios a todas as Secretarias Estaduais de Educação para determinar que o programa seja encerrado até o fim deste ano, decisão acordada com o Ministério da Defesa. Entre as incoerências alegadas na nota técnica divulgada pelo MEC, consta que a adoção das escolas cívico-militares reflete ‘uma história social brasileira que alimenta uma profunda aporofobia (aversão a pobres) e remanejamento de recursos da pasta‘.
Não há sentido nem fundamento em alegações como essas!

Além do governador Tarcísio, outros governadores, como, por exemplo, Romeu Zema (MG) e Ratinho Júnior (PR), manifestaram-se firmemente contra o fim do programa e decidiram manter esse modelo de ensino nos seus estados. No total, já são ao menos 21 estados e o Distrito Federal que anunciaram a continuidade do Pecim. Fico feliz de ver esse posicionamento da maioria dos governadores. Isso mostra a consciência deles sobre o grande significado e a importância dessas instituições, que têm por objetivo reduzir a evasão escolar e a repetência, além de resgatar os valores cívicos. Vale ressaltar que décadas de descaso com a educação de crianças e jovens do nosso país são responsáveis pelo aumento da criminalidade. E, para combater isso, é importante investir em educação de qualidade e no esporte. Muitas famílias que foram desestruturadas por perderem os seus filhos e netos para o crime não aguentam mais e pedem socorro às autoridades.

A decisão acertada do governador Tarcísio de Freitas reforça a esperança de milhares de famílias paulistas, pois essas escolas oferecem um currículo tradicional e incorporam atividades cívicas, como aulas de civismo, ética e cidadania, bem como atividades físicas e esportivas supervisionadas pela equipe militar. A ideia é estimular o senso de patriotismo e o desenvolvimento de habilidades de liderança nos alunos. Portanto, sem dúvida, esse modelo de ensino contribui para o desenvolvimento educacional e a redução da violência, além de melhorar o desempenho acadêmico e a formação cidadã dos estudantes. Investir em educação de qualidade é investir no futuro das pessoas e de um país.
No Estado de São Paulo, estamos juntos com o governador Tarcísio, unidos por investimentos na educação.

Defendemos a decisão de manter e expandir o modelo de ensino cívico-militar, que trabalha com a disciplina, respeito à hierarquia, respeito aos professores. Queremos, sim, essa instituição que tem educadores, e não doutrinadores. Parabéns, governador Tarcísio; parabéns a todos que defendem as escolas cívico-militares.

Danilo Mascarenhas de Balas é Agente da Polícia Federal e, atualmente, exerce o segundo mandato de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.