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João Alvarenga

Paz no trânsito

13 de Maio de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Ilustração: Luitzz Terra.)

Em determinados horários, temos a impressão de que o trânsito sorocabano é uma ‘praça de guerra’, porque motoristas e motoqueiros disputam, de forma acirrada, cada centímetro do asfalto. A pressa se impõe e a civilidade desaparece. Buzinaços, xingamentos e gestos obscenos fazem parte de uma rotina caótica e pouco amistosa. Em certas vias, devido ao volume de veículos, a morosidade se impõe e o desespero toma conta de todos, pois simplesmente ninguém passa.

Dia desses, flagrei uma cena deprimente num dos cruzamentos mais perigosos de nossa cidade. Era sábado, véspera do “Dia das Mães”. Nesse ponto, há um conjunto semafórico que sempre dá problemas. Um motorista que seguia pela Avenida General Carneiro tentou aproveitar o sinal amarelo. Mas, o vermelho se impôs e seu carro fechou o cruzamento, já que uma caminhonete o impedia de passar. Com isso, quem desejava ingressar à Santa Cruz teve o fluxo bloqueado.

A situação ficou tensa, pois alguns motoristas ficaram irritados e passaram a buzinar. Porém, um motoboy enfurecido, além de disparar impropérios, amassou a porta do carro com um pontapé e sumiu. Tudo foi muito rápido, nem houve tempo de anotar placas. Apenas pude ver o pânico estampado no rosto do motorista que não teve palavras para se justificar. Todavia, a cena deixou algumas perguntas: Quem está errado? A reação do motoboy tem algum amparo no Código Brasileiro de Trânsito? Em tais circunstâncias, que atitudes devemos tomar?

Com certeza, todas as repostas passam pela fala de Renato Campestrini, titular da coluna “Mobilidade Urbana”, da Cruzeiro FM, que sempre chama a atenção dos ouvintes sobre a necessidade de haver cordialidade nas artérias da cidade, pois é “a vida que pede passagem”. Suas orientações sempre passam pelo respeito entre todos. Inclusive, a campanha “Motorista Legal”, da própria emissora, desperta a cidadania também no trânsito. O “Maio Amarelo” caminha na mesma direção, pois seu foco principal é a paz, a fim de suavizar o clima de guerra no trânsito das cidades.

(*) João Alvarenga professor de Redação e cronista.