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Artigo proporciona reencontro de Natal

Artigo escrito por Vanderlei Testa

07 de Dezembro de 2021 às 00:01
(Crédito: ARTE: VT )

 

Em dezembro escreverei os artigos com o pensamento e inspiração em fraternidade natalina. Fico fascinado com a interatividade com os leitores do jornal Cruzeiro do Sul em suas publicações. No meu caso, cada história que relato, traz vida, emoções, relacionamentos e laços familiares através dos tempos. Foi o que aconteceu com o tema veiculado dia 9 de novembro: “Gumercindo Gonçalves e suas descendências em Sorocaba”. Era para ser um artigo único com os fatos que ouvi da Sônia Maria Gonçalves sobre os seus avós, Elfrida Araujo Gonçalves e Gumercindo Gonçalves.

Ela desconhecia o paradeiro do seu tio avô, Marçal, irmão do Gumercindo, desde quando ele partiu de Sorocaba, ainda jovem, sem avisar o seu destino. Agora, depois de mais de 70 anos, quando veiculei a história da família Gonçalves, surge a grande surpresa do aparecimento de netos e parentes do Marçal Gonçalves. O artigo dos Gonçalves teve retorno imediato de netos e bisnetos com mensagens de gratidão pela história.

Transformei as mensagens neste novo capítulo. Senti alegria no coração neste mês de Natal em ter proporcionado a união de famílias e o reencontro entre os descendentes que não se conheciam. Tânia Chiavegato me escreveu: “Recortei o artigo do jornal e guardei. Um pedaço da história da minha família. O Marçal Gonçalves foi pai da minha avó paterna Dolores Gonçalves, nascida em Sorocaba e casada com João Chiavegato. Minha avó era uma excelente pessoa, de um coração extraordinário.” Na outra mensagem, a Yamara Carvalho Gonçalves citou que é neta do Marçal Gonçalves e mora em Itapetininga. Em um desabafo emocionante, Yamara escreveu: “Incrível encontrar você Sonia Gonçalves! Sou filha do Afonso Gonçalves.”

Eu continuei lendo as mensagens da minha postagem do artigo do Cruzeiro. Pura emoção irradiava em cada palavra. “Meu Deus, me arrepiou! Estou sem palavras e sem ação, procuramos por muito tempo os parentes do tio avô Marçal e nunca conseguimos encontrar”, enfatizou a Sonia.

“Alguém tem foto do tio Marçal?” Perguntou a Sônia. Veio à resposta da Tânia: “Eu tenho a certidão de óbito dele. Os nomes dos pais do Marçal eram Romeu Gonçalves Fernandes e Dolores Gonçalves Fernandes. Somos primas e da mesma família.” Realmente o mundo é pequeno, eu pensava. “Minha avó, dizia Tânia, nos contava que eles moravam na avenida São Paulo. Imagino que é onde há o Jardim Gonçalves, como parte da fazenda do titio Gumercindo.” Mais uma revelação de família acontecia na conversa entre as primas. “A Dirce Gonçalves, que se casou com o comerciante Mário Notari, era sobrinha da minha avó.” Sobre o Gumercindo e o seu irmão Marçal ficou confirmado que eles vieram como imigrantes de Pontevedra, Espanha.

A separação involuntária da família há décadas, levou a Sonia Gonçalves, perguntar: “Eu só queria saber por que essa nossa separação de décadas? Quando nós deixamos de conviver como parentes?” A Yamara Carvalho Gonçalves ponderou e respondeu: “Precisamos fazer o caminho reverso e nos encontrar. Muito lindo saber essa parte da nossa história que eu desconhecia. Minha irmã Yara se lembrou de algumas coisas, mas não se recorda se chegou a conhecer alguém do seu lado da família do tio Gumercindo.” Tânia: “Minha avó Lola morou com o titio Gumercindo, inclusive o nome do meu pai era Gumercindo Chiavegato em homenagem a ele.” Mais nomes e parentescos desconhecidos estavam sendo descobertos no diálogo. O Marçal Gonçalves tinha netos e bisnetos, entre eles, Margarida Gonçalves, Afonso Gonçalves e Marçal Gonçalves Júnior.

A Sonia esclareceu que o nome da família Gonçalves, em espanhol é Gonzales. Os avós foram obrigados a mudar no cartório do Brasil para Gonçalves, devido exigências da época. Mais uma descendente apareceu pelo artigo. A Cidinha Scudeler, filha do Marçal Gonçalves Júnior. Seu pai conheceu a casa dos avós na Espanha e disse que era toda construída de pedra. Esses são alguns dos relatos que selecionei entre os familiares dos irmãos Gumercindo e Marçal.

Carlos Oliveira enviou-me uma mensagem na busca do avô: “Eu li o artigo no jornal Cruzeiro do Sul contando um pouco da história dos irmãos Gumercindo e Marçal. Chamou também a minha atenção a foto ilustrativa da carteirinha do associado Altamir Gonçalves, da Sociedade Beneficente 25 de Dezembro. Poderia me informar sobre o que tratava esta associação e, se vocês conhecem algo sobre o secretário da entidade, João F. de Oliveira, que assinou a carteira de associado. Ele pode ser meu avô”. Se algum leitor souber, me avise!

Nestas semanas que antecedem o Natal o contato humano sempre será a luz do advento que ilumina o presépio até o nascimento de Jesus. O reencontro de todos os envolvidos nessa história, em breve será concretizado no 1º Encontro de Natal da família Gonçalves. As gerações cresceram com a vitoriosa jornada dos irmãos Gonçalves, unidos como descendentes dos imigrantes espanhóis e que vivem em 2021 o verdadeiro sentido do Natal. “Façamos todo o bem que pudermos com todos os recursos que estiverem disponíveis, por todos os meios que precisarem e em todos os lugares. A generosidade do coração é capaz de perceber a necessidade das pessoas, transmitindo o amor verdadeiro que é capaz de curar as feridas da vida... Se tivermos muito ou pouco, não importa! O importante é compartilhar, pois o amor e a generosidade tem o poder de multiplicar. O bem que fazemos às pessoas e à vida sempre retorna para nós. Por isso, procuremos fazer o bem em todos os tempos e para todas as pessoas sempre e, sem discriminação. Tudo retornará para nós na forma de bênção”! ( Oração de São João Maria Vianney)

Relembro que no dia 10 de dezembro, às 15h e 19h30, estarei lançando, após a missa no Santuário de Santa Filomena, meu novo livro ”Amigos de Santa Filomena”, com renda total às obras da construção do Santuário de Sorocaba. Dia 11, sábado, das 10 às13h, a manhã de lançamento será na livraria Nobel, av. Barão de Tatuí, 867. Espero você!

Vanderlei Testa ([email protected] ) é jornalista e publicitário escreve às terças-feiras no jornal Cruzeiro do Sul.