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'Queermuseu' derruba classificação proibitiva para 14 anos na Justiça

21 de Agosto de 2018 às 15:12

A exposição "Queermuseu" pode ser conferida no Parque Lage, no Rio de Janeiro. Crédito da foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

A exposição "Queermuseu" não terá mais classificação proibitiva para 14 anos, agora será apenas indicativa. Segundo o advogado do Parque Lage, Damien Guedes, o museu venceu uma ação contra a proibição nesta terça (21). A exposição foi reaberta no último sábado (18) no Parque Lage, no Rio de Janeiro, com a classificação proibitiva para menores de 14 anos. Isso porque, na véspera, a Justiça proibiu o acesso de menores de 14 anos, alegando que a mostra apresenta nudez e conteúdo sexual. A decisão da 1ª Vara da Infância e da Juventude só permitia acesso de jovens de 14 e 15 anos acompanhados dos responsáveis.

"Este juiz fez isso de uma maneira preconceituosa, porque a mostra trata do assunto 'queer'", afirma Guedes que conta, em entrevista à reportagem, que está na frente de 12 outros processos contra a mostra que vão desde inquéritos criminais, civis e até um processo no Ministério da Justiça.  A primeira exibição da mostra, em Porto Alegre, foi suspensa em setembro do ano passado pelo Santander Cultural após pressão de grupos conservadores nas redes sociais. Entre os artistas que compõe a exposição estão Adriana Varejão, Cândido Portinari, Lygia Clark, Yuri Firmesa e Leonilson.

A montagem no Rio foi garantida após crowdfunding , que levantou mais de R$ 1 milhão, e polêmica com o prefeito Marcelo Crivella (PRB), que não permitiu que a mostra fosse levada ao MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro). (Isabella Menon - Folhapress)

 

 

 

 

 

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