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Internações por causas infecciosas aumentam 27% em quatro meses

27 de Maio de 2020 às 00:01

Internações por causas infecciosas aumentam 27% em quatro meses Hospitais tiveram queda no atendimento a pessoas com patologias crônicas. Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O número de internações por doenças infecciosas, entre as quais a Covid-19, aumentou 27,9% nos hospitais particulares do país de janeiro a abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).

Apesar da alta registrada em razão das doenças infecciosas, o número de internações, no total, caiu 18,1% na comparação do primeiro quadrimestre de 2020 com igual período de 2019. O destaque é a queda nas internações por doenças crônicas: as causadas por neoplasias, como o câncer, caíram 23,2%; por doenças do aparelho circulatório, 20,9%; e por doenças do sistema nervoso, 26,6%. “Este ano, com a pandemia do novo coronavírus e as recomendações dos órgãos responsáveis como Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - para suspensão de procedimentos e exames eletivos, observamos, nos primeiros quatro meses do ano, uma mudança importante no perfil das internações e no comportamento da população”, informa, em nota, a Anahp.

A associação alerta os portadores de doenças crônicas para não deixaram de fazer o acompanhamento médico. “Esses pacientes crônicos que não estão recorrendo aos serviços de saúde para acompanhamento adequado de suas patologias estão colocando a vida em risco e abrindo mão da possibilidade de identificação precoce de doenças graves e da possibilidade de cura.”

Soro

Pesquisadores do Instituto Vital Brazil e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão estudando um soro hiperimune que pode tratar a Covid-19. Esse medicamento é do mesmo tipo daqueles usados contra a raiva e contra picada de animais peçonhentos.

O soro é feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos. No caso dos soros antiveneno, o sangue equino produz agentes de defesa contra a toxina inoculada no corpo. A partir desse plasma com anticorpos, é criado o soro.

O mesmo processo é usado no soro contra a raiva, aplicado em pessoas que possivelmente tiveram contato com o vírus e que impede que o agente viral se manifeste no corpo do infectado.

Internações por causas infecciosas aumentam 27% em quatro meses Soro hiperimune, que poderá combater o coronavírus, está em estudo. Crédito da foto: Leopoldo Silva / Arquivo Agência Senado

No estudo contra o novo coronavírus, a universidade isolará e inativará o vírus, para que ele possa começar a ser inoculado em cavalos do Instituto Vital Brazil. O teste começará a ser feito hoje (27). “Já vimos em muitas pesquisas realizadas pelo mundo em que o tratamento a partir do plasma de pessoas curadas da Covid-19 teve efeito positivo no tratamento de infectados em estado grave. A ideia é fazer um experimento agora a partir do plasma de cavalos, para que possa ser produzido em grande escala”, afirma o presidente do Instituto Vital Brazil, Adilson Stolet.

Caso os resultados sejam promissores, daqui a quatro meses o soro poderá ser testado em humanos. Em seis meses, seria possível produzir o solo em grande escala. A capacidade do instituto é de produzir até 100 mil tratamentos por ano.

Outra pesquisa do Vital estuda anticorpos e DNA de lhamas. Com os dois estudos, é possível apostar no processo que der resultados mais rápidos. (Agência Brasil)

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