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Exercício físico entre idosos reduz risco de quedas e melhora a saúde

26 de Fevereiro de 2020 às 00:01

Exercício físico entre idosos reduz risco de quedas e melhora qualidade de vida Exercícios físicos reduzem as perdas ósseas e musculares que são comuns na terceira idade. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (27/9/2018)

O personal trainer deve ser o quarto profissional mais procurado pelos idosos em 2020. Isso se deve à busca de uma vida independente e saudável pela melhor idade, cada vez mais consciente de que é possível evitar acidentes e doenças e desfrutando da vida com boa saúde nessa faixa etária.

O sorocabano Marcelo Dom, de 31 anos, se especializou nesse tipo de público e atribui a procura da terceira idade pelos seus serviços ao aumento da estimativa de vida do brasileiro. “A percepção sobre esse tema mudou. Existia uma ideia equivocada de que as pessoas ficavam ‘inválidas’ depois dos 60 anos. O arcabouço da saúde de hoje, com seus exames e acompanhamentos médicos, permite que você viva aos 60 anos com a disposição de 45 ou 50 anos”, garante.

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Um descompasso, então, pode acontecer quando a cabeça do idoso é boa, mas o corpo não responde. É nessas horas que entram em cena os serviços especializados, como hidroginástica e musculação. Para os idosos, Dom recomenda principalmente esta última, importante para o aumento de massa muscular e o condicionamento cardiorrespiratório, pois a hidroginástica, em alguns casos, pode ter implicações ósseas por conta da compressão da água.

Exercício físico entre idosos reduz risco de quedas e melhora qualidade de vida Marcelo Dom é especialista em exercícios para idosos. Crédito da foto: Luiz Setti (25/2/2020)

“Tende-se a ver a musculação como fisiculturismo, mas na verdade ela é um treinamento resistivo”, diferencia -- relatando o caso de um aluno de 87 anos que treina supino e agachamento. As atividades físicas, conforme o profissional, são importantes principalmente para minimizar os efeitos da osteopenia, que é a perda de massa óssea e leva à osteoporose, e a sarcopenia, perda de massa muscular que gera perda de força.

No caso da osteopenia, o grande perigo é o silêncio, pois a doença só pode ser detectada pelo exame de densitometria óssea. “As forças compressivas promovem aumento da densidade óssea, então por isso os exercícios com peso, como a musculação, ajudam a diminuir o problema”, observa Marcelo Dom. Este cuidado, por sua vez, ajuda a reduzir o risco de quedas -- as quais podem ocorrer por razão de fraturas, e não o contrário.

Já a sarcopenia, por sua vez, é inevitável com o passar dos anos, porém é possível diminuir o seu progresso. “É possível ter um idoso forte, porém não musculoso”, observa o personal trainer.

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Manter-se ativo

Conforme Dom, os idosos criam novos círculos quando estão em grupo, e isso ajuda na saúde mental necessária para a manutenção da independência deles. “É possível que eles realizem todas as atividades que queiram, desde que sejam respeitadas suas possíveis debilidades e limitações. O importante é descobrirem o que lhes dá prazer e lhes possibilita conhecer outras pessoas para convívio”, ensina.

Nesse sentido, uma tarefa doméstica como a lavagem de uma louça pode gerar a carga de esforço necessária para manter o corpo em dia: “Essa ação, que parece corriqueira, mantém a coxa e a musculatura da coluna em trabalho. O idoso precisa ser ativo, mesmo que nas pequenas coisas”. (Eric Mantuan)

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