Trump diz que espera falar com a China após acordo comercial
Produtos chineses importados nos EUA pagarão uma tarifa de 30% e produtos americanos importados pela China uma tarifa de 10%
O presidente americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (12) que as relações entre Estados Unidos e China foram retomadas após um acordo para reduzir drasticamente as tarifas ao longo de 90 dias e que ele falará com seu homólogo chinês, Xi Jinping, esta semana.
"Ontem conseguimos um recomeço completo com a China após negociações produtivas em Genebra", disse ele. "A relação é muito, muito boa. Falarei com o presidente Xi, talvez no final da semana", acrescentou.
Os dois países assinaram uma suspensão de 90 dias da maioria das tarifas que haviam adotado contra a outra parte, o que representa uma pausa na guerra comercial.
A suspensão entrará em vigor "até 14 de maio", informaram as duas maiores potências econômicas do planeta em um comunicado conjunto divulgado após dois dias de negociações em Genebra.
As duas partes concordaram em reduzir temporariamente as "tarifas recíprocas" em 115 pontos percentuais durante um período de 90 dias, explicaram o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante do Comércio, Jamieson Greer.
Desta forma, os produtos chineses importados nos Estados Unidos pagarão uma tarifa de 30% e os produtos americanos importados pela China uma tarifa de 10%.
Poucos minutos após o anúncio, a Bolsa de Hong Kong subiu mais de 3%, enquanto o dólar operava em alta na comparação com o iene e o euro.
"Queremos uma (relação) comercial mais equilibrada", declarou Bessent em Genebra, alegando que as barreiras alfandegárias introduzidas nos últimos meses haviam estabelecido de fato um "embargo" ao comércio entre os dois países.
A redução das tarifas é algo "de interesse comum do mundo", comentou o Ministério do Comércio da China, que elogiou os "progressos substanciais" nas negociações comerciais com Washington.
A pausa é o resultado de dois dias de negociações em Genebra entre Bessent e Greer, do lado americano, e o vice-primeiro-ministro He Lifeng, do lado chinês. (AFP)