Internacional
Bombardeios destroem bairros inteiros
Na Faixa de Gaza, bairros inteiros foram destruídos pelos bombardeios israelenses e os médicos nos hospitais estão sobrecarregados com feridos e vêm sendo obrigados a realizar cirurgias sem anestesia. Os Estados Unidos propuseram “pausas” para facilitar a entrega de ajuda humanitária. Os 27 países da União Europeia (UE) discutiram o pedido ontem (26), em Bruxelas.
Cerca de 1,4 milhão de pessoas, mais da metade da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas fugindo dos bombardeios israelenses, segundo a ONU. Ainda ontem, uma adolescente foi retirada dos escombros de um edifício em Khan Yunis, cidade do sul da Faixa de Gaza, após 35 horas enterrada. “Nenhum lugar é seguro em Gaza”, afirmou Lynn Hastings, coordenadora de assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinos.
Menos de 70 caminhões com ajuda entraram no enclave desde o início da guerra. Israel impediu a entrada de combustível temendo que o Hamas o use em foguetes e explosivos, mas os órgãos de socorro advertem que mais pessoas morrerão sem combustível, porque não poderão usar equipamentos médicos, plantas de dessanilização de água e ambulâncias. A ONU diz que 12 dos 35 hospitais do enclave fecharam por danos ou falta de combustível para seus geradores.
Explosão regional
A guerra também despertou temores de uma conflagração regional. O movimento Hezbollah, baseado no Líbano, lançou ontem um míssil contra um drone israelense. Hamas, Hezbollah e o governo da Síria são apoiados pelo Irã, que rejeita a existência do Estado de Israel.
O rei jordaniano, Abdullah II, alertou que a violência poderia “conduzir a uma explosão” regional. A violência também cresceu na Cisjordânia ocupada, onde mais de 100 palestinos morreram desde 7 de outubro, segundo autoridades sanitárias palestinas. (AFP)