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Rússia revida ataque que derrubou ponte com bombas em Kiev

11 de Outubro de 2022 às 00:01
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Moradores examinam cratera aberta por míssil em Kiev
Moradores examinam cratera aberta por míssil em Kiev (Crédito: SERGEI CHUZAVKOV / AFP)

A Rússia lançou ontem (10) uma onda de bombardeios coordenados e mortais contra várias cidades ucranianas, incluindo a capital do país, Kiev, em represália a uma explosão que destruiu parcialmente a estratégica ponte da Crimeia.

Trata-se da maior campanha de ataques na Ucrânia em meses e deixou pelo menos 11 mortos e 89 feridos. O Exército ucraniano informou que as forças russas dispararam 75 mísseis contra cidades de todo país, em uma série de ataques que incluíram o uso de drones iranianos lançados de Belarus. O último bombardeio contra a capital ucraniana remonta ao final de junho.

A campanha coincide com uma reunião do Conselho de Segurança do presidente russo, Vladimir Putin, convocada após a explosão na ponte de Kerch. “Ataques maciços com armas de alta precisão de longo alcance foram realizados contra a infraestrutura de energia, militar e de comunicações da Ucrânia”, declarou Putin no início do Conselho de Segurança, segundo imagens transmitidas pela televisão.

O chefe do Kremlin prometeu respostas “severas” em caso de novos ataques. Já o número dois do Conselho de Segurança, o ex-presidente Dmitri Medvedev, assegurou que os bombardeiros eram “o primeiro episódio” e exigiu o “desmantelamento total” do poder político ucraniano.

Ao mesmo tempo, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, aliado próximo de Putin, acusou a Ucrânia de preparar um ataque contra seu país e, por isso, anunciou o envio de tropas conjuntas com a Rússia.

Reações

Em um discurso à nação, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a manhã foi “difícil”. Segundo ele, as forças russas tinham dois objetivos com seus bombardeios. “Querem o pânico e o caos e querem destruir nosso sistema de energia”, afirmou o presidente, anunciando que as bombas russas atingiram cidades como Dnipro e Zaporizhzhia, no centro do país, e Lviv, no oeste. Esta informação foi confirmada por Putin.

“O segundo alvo são as pessoas”, denunciou, acusando o Exército russo de lançar os ataques com o objetivo de “causar o máximo de dano possível”. Segundo o premiê ucraniano, Denis Chmygal, 11 estruturas importantes foram danificadas em oito regiões e na capital. (AFP)