Buscar no Cruzeiro

Buscar

Internacional

China e EUA batem boca sobre clima no Twitter

Os dois maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa estão se questionando sobre cumprimento de legislação ambiental

17 de Agosto de 2022 às 15:59
Cruzeiro do Sul [email protected]
Twitter
Twitter (Crédito: Reprodução/ Twitter)

Os dois maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa estão brigando no Twitter sobre política climática, com a China questionando se os EUA podem cumprir a legislação histórica sobre o tema assinada pelo presidente Joe Biden esta semana.

Depois que o Congresso aprovou o projeto na sexta-feira (12) o embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, foi ao Twitter no domingo, 14, para dizer que os norte-americanos estavam agindo sobre as mudanças climáticas com o maior investimento de todos os tempos. E que a China deve seguir o exemplo.

Na noite desta terça-feira, 16, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu com seu próprio tuíte: "Bom ouvir. Mas o que importa é: os EUA podem entregar?"

A troca de mensagens, parte de um longo debate no Twitter sobre o assunto, é emblemática e traz preocupações sobre a cooperação entre EUA e China, que é considerada vital para o sucesso dos esforços globais de mudanças climáticas. Com a ruptura nas relações diplomáticas sobre Taiwan e outras questões, alguns questionam se ambos os lados podem se acertar.

A China anunciou a suspensão das negociações com os EUA sobre clima e várias outras questões no início deste mês, como parte de sua resposta à visita a Taiwan da presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

O clima tem sido uma das poucas áreas de cooperação entre os países. Autoridades dos EUA criticam a abordagem da China, com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, dizendo que "não pune os EUA, punem o mundo".

Procurado a se pronunciar, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, pediu aos EUA na semana passada para "cumprirem suas responsabilidades históricas e obrigações sobre as mudanças climáticas, e pare de procurar desculpas para falta de ação".

(Estadão Conteúdo)