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Internacional

Decisão sobre aborto gera onda de protestos e polarização nos EUA

Oito estados já impuseram proibições à prática

26 de Junho de 2022 às 00:01
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Em Washington, a polícia precisou intervir entre os grupos.
Em Washington, a polícia precisou intervir entre os grupos. (Crédito: BRANDON BELL / AFP)

Os defensores do direito ao aborto se mobilizaram ontem (25) por todos os Estados Unidos, no segundo dia de protestos contra a decisão da Suprema Corte, enquanto os estados conservadores começam a proibir o aborto. O país vive uma nova polarização, entre os Estados que já negam ou se preparam para negar o direito ao aborto, vigente há 50 anos, e os que o mantêm.

Após os protestos que se alongaram por toda a noite de sexta-feira, centenas de pessoas voltaram às ruas neste sábado (25), principalmente em Washington, diante da protegida sede da Suprema Corte dos Estados Unidos. Manifestações semelhantes também ocorrem em Los Angeles, uma em frente à prefeitura e outra ao tribunal federal, e em dezenas de cidades em todo o país.

Pelo menos oito estados de direita já impuseram proibições ao aborto e um número semelhante fará o mesmo nas próximas semanas depois que o tribunal derrubou as proteções constitucionais para o procedimento, atraindo críticas de alguns dos aliados mais próximos do aborto.

Muitos temem que a Suprema Corte, que desde o mandato de Donald Trump tem uma clara maioria conservadora, possa agora focar no direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ou à contracepção.

O presidente Joe Biden, que chamou essa decisão de “erro trágico” decorrente da “ideologia extremista”, falou novamente neste sábado de manhã. “Sei como esta decisão é dolorosa e devastadora para muitos americanos”, disse ele na Casa Branca. “Meu governo se concentrará em como é administrada e se outras leis estão sendo violadas.”

Armas

Biden também assinou ontem lei que visa estabelecer a regulamentação das armas de fogo, mas que permanece muito abaixo das aspirações do presidente americano. A norma, apoiada por legisladores democratas e republicanos e aprovada pelo Congresso na sexta-feira, introduz novas restrições ao porte de armas e destina recursos para saúde mental e segurança escolar. (AFP)