Internacional
Bombardeios impedem corredores humanitários
Bombardeios russos impediram novamente que refugiados deixassem a cidade portuária ucraniana de Mariupol, ontem (11). Em outras áreas, forças russas também pararam alguns ônibus com pessoas que tentavam fugir da região de Kiev, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
Em um discurso em vídeo, Vereshchuk disse que algumas retiradas foram bem-sucedidas, incluindo 1.000 pessoas que saíram de Vorzel, na região de Kiev.
A ofensiva russa avança com suas tropas no oeste e centro e aperta o cerco à capital, Kiev. Centenas de milhares de civis continuam presos sob bombardeios enquanto mais de 2,5 milhões fugiram do país, segundo estimativas da ONU.
A situação é particularmente grave na cidade portuária de Mariupol (no sul), onde, segundo as autoridades locais, 1.582 civis morreram desde que a Rússia praticamente a isolou do mundo, há doze dias.
O representante local do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Sasha Volkov, alertou que alguns moradores “começaram a brigar por comida” e que muitos ficaram sem água potável.
Ontem, três mísseis atingiram edifícios civis na cidade de Dnipro, no centro da Ucrânia, destruindo uma fábrica de calçados e matando um segurança. Até agora, a cidade havia sofrido poucos ataques, tornando-se um centro de coordenação de ajuda humanitária e recepção de pessoas deslocadas.
“Hoje deveríamos receber pessoas que precisam de muito apoio... agora não podemos ajudar ninguém”, disse Svetlana Kalenecheko, que vive e trabalha em uma clínica danificada pelo ataque.
Os bombardeios noturnos também atingiram as cidades de Chernihiv (norte), Sumy (nordeste) e Kharkiv (leste), fortemente atingidas pela ofensiva russa. (AFP)