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EUA suspendem compra de petróleo russo

09 de Março de 2022 às 00:01
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Os americanos já sentem no bolso os efeitos da medida.
Os americanos já sentem no bolso os efeitos da medida. (Crédito: SPENCER PLATT / AFP)

 

O presidente americano, Joe Biden, suspendeu ontem a importação de petróleo, gás e carvão da Rússia. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu fazer o mesmo até o final do ano. Já a União Europeia não chegou a tanto, mas apresentou um plano para cortar as importações de gás da Rússia em dois terços. Moscou respondeu que pretende retaliar as medidas e ameaçou cortar o fornecimento de gás natural dos europeus.

Biden assinou um decreto que proíbe a importação de petróleo bruto russo e derivados, como gás e carvão. “Eu disse que seria honesto com o povo americano desde o início”, disse o presidente. “E, quando falei isso pela primeira vez, disse que defender a liberdade custa caro. E vai nos custar também para nós aqui nos EUA.”

A decisão de Biden aumenta a pressão econômica sobre o presidente russo, Vladimir Putin, mas vem carregada de riscos. A Rússia responde por apenas 7% do petróleo importado pelos americanos. Três quintos das exportações russas vão para a União Europeia e apenas 8%, para os EUA.

A medida também coloca mais pressão sobre o preço do petróleo e impacta nas bombas de combustível nos EUA. Os motoristas americanos já estavam pagando mais caro, mesmo antes do último aumento do barril do tipo Brent, acima de US$ 130. Ontem, o preço médio do litro de gasolina chegou a US$ 1,1 (R$ 5,57), segundo a Associação Automobilística Americana (AAA).

Embora o Reino Unido tenha prometido seguir os americanos de maneira gradual, até o final do ano, a UE preferiu uma posição mais cautelosa, já que obtém 40% de seu gás e pouco mais de 25% de seu petróleo da Rússia. A dependência deixa a Europa à mercê de uma retaliação da Rússia.

Para reduzir o impacto, a UE anunciou um plano para diminuir o uso de gás pelo bloco em 30% até 2030. “Temos de nos tornar independentes do petróleo, carvão e gás russos. Simplesmente não podemos confiar em um fornecedor que nos ameace explicitamente”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado. (Das agências internacionais)