Buscar no Cruzeiro

Buscar

Covid-19

'É possível encerrar fase aguda da pandemia neste ano', afirma OMS

Apesar do otimismo da organização, a Covid-19 ainda provoca uma morte a cada 12 segundos no mundo

24 de Janeiro de 2022 às 14:37
Cruzeiro do Sul [email protected]
A OMS acredita ser possível acabar com a fase aguda da pandemia neste ano
A OMS acredita ser possível acabar com a fase aguda da pandemia neste ano (Crédito: Rovena Rosa/ Agência Brasi)

É possível acabar com a fase aguda da pandemia de coronavírus neste ano, afirmou nesta segunda-feira (24) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, embora atualmente a Covid-19 provoque uma morte a cada 12 segundos no mundo. A pandemia está entrando em uma "nova fase", e a rápida disseminação da variante Ômicron oferece uma "esperança plausível" para um retorno à normalidade nos próximos meses, disse a Organização Mundial da Saúde em comunicado. No último domingo (23), o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, fez a mesma previsão para a região europeia.

"Podemos acabar com a Covid-19 como emergência sanitária mundial este ano", o nível de alerta mais alto da OMS, declarou Tedros. No entanto, o responsável alertou que é "perigoso supor que a Ômicron, variante muito transmissível, será a última", porque as condições são ideais no mundo para que outras variantes surjam, inclusive outras mais transmissíveis e virulentas.

Para acabar com a fase aguda da pandemia, os países não devem ficar de braços cruzados e são obrigados a lutar contra a desigualdade na vacinação, vigiar o vírus e suas variantes e aplicar restrições adaptadas, explicou o especialista, na abertura do comitê executivo da OMS, que se reúne toda semana em Genebra. Na África, 85% da população recebeu só uma dose da vacina, destacou.

Distribuição de vacinas

Tedros Adhanom Ghebreyesus pede há semanas insistentemente aos Estados-membros que acelerem a distribuição de vacinas nos países pobres, com o objetivo de conseguir vacinar 70% da população de todos os países do mundo em meados de 2022.

Metade dos 194 Estados-membros da OMS não alcançaram o objetivo de chegar a 40% da população vacinada no final de 2021, segundo a instituição. Enquanto isso, o coronavírus continua fazendo vítimas. Na semana passada, uma pessoa morreu a cada 12 segundos no mundo devido à doença e a cada três segundos foram registrados 100 novos casos, segundo o diretor da OMS.

O surgimento da variante Ômicron em novembro disparou os casos. Desde então, foram contabilizados 80 milhões de novos contágios. Mas "até agora, a explosão de casos não foi acompanhada por um aumento das mortes, embora as mortes tenham aumentado em todas as regiões, sobretudo na África, a região com menos acesso às vacinas", segundo o responsável.

"É verdade que viveremos com a Covid, mas aprender a viver com ela não deve significar que temos que deixar o caminho livre. Não deve significar que temos que aceitar que 50 mil pessoas morram toda semana devido a uma doença que podemos prevenir e nos recuperar", disse.

Esperança para a Europa

No domingo (23), o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, já havia considerado que poderia haver uma saída da pandemia de Covid-19 na região. Em um comunicado publicado nesta segunda-feira (24), Kluge destacou que "a Ômicron está ultrapassando a Delta a uma velocidade sem precedentes na Europa. Menos de dois meses depois de ser encontrada na África do Sul, essa variante já representa 31,8% dos casos na região europeia, contra 15% na semana passada", acrescentou.

"A pandemia está longe de terminar, mas espero que possamos encerrar a fase de emergência em 2022 e abordar outras ameaças à saúde que exigem nossa atenção urgentemente", escreveu Kluge. "Os atrasos e as listas de espera aumentaram, os serviços essenciais de saúde foram interrompidos". A região europeia da OMS abrange mais do que apenas a União Europeia. Inclui 53 países, cobrindo uma vasta região geográfica do Atlântico ao Pacífico.

Na França, que representa a maior taxa de incidência do continente, o passaporte de vacinação entrou em vigor nesta segunda-feira e é visto como um endurecimento das normas para as pessoas que não se vacinaram contra a covid, o que gerou forte polêmica no país.

Na China, o confinamento generalizado da cidade de Xi'an foi flexibilizado nesta segunda-feira (24), informaram as autoridades, que disseram também que detectaram 72 casos de Covid-19 entre os participantes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. (Estadão Conteúdo, com agências internacionais)