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Explosão de caminhão mata ao menos 62 pessoas no Haiti

15 de Dezembro de 2021 às 00:01
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Após a tragédia, homens tentavam tirar alumínio do caminhão.
Após a tragédia, homens tentavam tirar alumínio do caminhão. (Crédito: RICHARD PIERRIN / AFP)

 

Ao menos 62 pessoas morreram e várias ficaram feridas após a explosão de um caminhão-tanque na madrugada de ontem (14) na cidade de Cabo Haitiano, segundo balanço das autoridades. Mas o pessoal sanitário trabalha com um número de vítimas maior, devido ao alto número de feridos em estado crítico.

A explosão é a mais recente tragédia que atinge este país caribenho assolado pela pobreza, pela violência entre gangues, pela estagnação política e pela escassez de combustível. O primeiro-ministro Ariel Henry visitou o local da tragédia e disse que seu coração estava “partido” após conhecer algumas das dezenas de feridos em um hospital local.

Segundo o vice-prefeito de Cabo Haitiano, Patrick Almonor, o motorista do caminhão-tanque teria tentado evitar a colisão com um mototáxi. Nesta manobra, perdeu o controle de seu veículo, que virou na estrada. Depois, apesar das advertências do motorista, os moradores correram na direção do caminhão para recuperar o combustível, um bem muito apreciado, principalmente por quem vive na pobreza. Grande parte morreu na explosão.

“Temos até agora 62 mortes contabilizadas”, declarou Almonor, que antes havia mencionado um balanço de 60 mortos. Ele acrescentou que as autoridades continuam buscando vítimas.

Cerca de 20 residências próximas sofreram incêndios após a explosão, de acordo com o vice-prefeito, o que permite prever um balanço maior de vítimas. “Ainda não estamos em condições de dar detalhes sobre o número de vítimas dentro das casas”, explicou.

Além disso, a identificação dos mortos levará tempo. “Neste momento é impossível identificá-los” por causa de suas queimaduras, disse Almonor.

País mais pobre da América Latina, o Haiti enfrenta uma escassez de combustíveis porque grupos criminosos dominam parte da rede de abastecimento. O país nunca produziu energia elétrica em quantidade suficiente para atender às necessidades da população. (AFP)