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Covid-19

Casos disparam e Holanda retoma lockdown

13 de Novembro de 2021 às 00:01
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Holandeses acompanharam, apreensivos, as novas determinações.
Holandeses acompanharam, apreensivos, as novas determinações. (Crédito: ROB ENGELAAR / AFP)

A Holanda retomará um lockdown parcial a partir de hoje (13), numa tentativa de conter a disparada de casos de Covid-19. O governo ordenou que restaurantes e lojas fechem cedo e proibiu espectadores em grandes eventos esportivos. O primeiro-ministro interino, Mark Rutte, disse que as restrições estão sendo reativadas durante três semanas.

Supermercados e comércios não essenciais também fecharão cedo, e medidas de distanciamento social serão reimpostas. O governo recomendou que não mais do que quatro visitantes sejam recebidos em casa, uma ação a ser adotada de imediato.

“Esta noite estamos trazendo uma mensagem muito desagradável com medidas muito desagradáveis e abrangentes”, disse Rutte em um pronunciamento televisionado na noite desta sexta-feira (no horário local). “O vírus está em toda parte e precisa ser combatido em toda parte.”

O governo holandês também está estudando maneiras de restringir o acesso de pessoas que não foram vacinadas a locais fechados, uma medida politicamente delicada que exigiria aprovação parlamentar.

As medidas são concebidas para conter uma disparada de casos de Covid-19 que está sobrecarregando hospitais de todo o país. As novas infecções passaram de 16 mil pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, quebrando o recorde anterior de quase 13 mil casos confirmados em um dia atingido em dezembro do ano passado.

OMS alerta

O comando da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem (12) para o quadro da Covid-19 na Europa, onde muitos países registram aumento no número de casos da doenças e já começam a adotar a imposição de novas restrições à circulação de pessoas.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que, na semana passada, foram confirmadas quase 2 milhões de infecções no continente, o maior número semanal para a região desde o início da pandemia. “Quase 27 mil mortes foram relatadas na Europa, mais da metade de todas as mortes por Covid-19 em todo o mundo na semana passada”, comentou.

Tedros Adhanom acrescentou que a escalada de casos ocorre tanto em países com alta cobertura vacinal quanto naqueles em que a campanha de imunização não avançou muito. “Este é outro lembrete, como já dissemos repetidamente, de que as vacinas não substituem a necessidade de outras precauções”, pontuou.

Segundo o diretor-geral, a OMS segue recomendando uso “proporcional” de recursos como testagem e distanciamento social. “Com a combinação certa de medidas, é possível para os países encontrarem o equilíbrio entre manter a transmissão baixa e manter suas sociedades e economias abertas”, pontuou.

Tedros Adhanom voltou a exortar os países ricos a evitarem aplicar doses de reforço ou vacinar crianças enquanto muitas nações ainda têm grande quantidade de pessoas sem proteção. De acordo com ele, todos os dias, há pelo menos seis vezes mais doses de reforço sendo aplicadas do que primeiras doses. “Isso é um escândalo que precisa acabar agora”, criticou. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)