Presidente da Argentina anuncia prolongação de medidas restritivas

Fernández disse que as medidas estão mostrando resultados, mas que a situação não está resolvida

Por Estadão Conteúdo

Em Sorocaba, 688 pessoas aguardam resultados de exames da Covid-19

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira a prolongação em três semanas das medidas de restrição em vigor, a fim de frear o aumento de casos de covid-19 no país, de acordo com publicação da Associated Press.

Em mensagem gravada, Fernández disse que as medidas decretadas há duas semanas "estão mostrando bons resultados", mas destacou que a "situação não está, de nenhuma maneira, resolvida" e, portanto, as restrições serão estendidas até o dia 21 de maio.

Ainda segundo o presidente, as aulas presenciais na região da capital, Buenos Aires, serão suspensas.

De acordo com levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins, a Argentina já registrou cerca de 2,9 milhões de infecções pelo novo coronavírus e mais de 63 mil mortes relacionadas à doença.

EUA

Nos Estados Unidos, o governador Andrew Cuomo anunciou que os restaurantes com ambientes fechados na cidade de Nova York poderão expandir a capacidade de lotação para 75% a partir da próxima sexta-feira, 7 de maio, de acordo com informações da American Broadcasting Company (ABC).

"Depois de uma luta longa e incrivelmente difícil, o estado de Nova York está vencendo a guerra contra o COVID-19, e isso significa que é hora de afrouxar algumas restrições impostas para proteger a saúde pública e ajudar nossos negócios locais", disse Cuomo.

Segundo ele, salões de cabeleireiro, barbearias e outros serviços de cuidados pessoais também aumentarão sua capacidade em 75% na mesma data. Já as academias e ginásios poderão funcionar com 50% da capacidade a partir de 15 de maio.

Na quinta-feira, o prefeito da cidade, Bill de Blasio, afirmou que Nova York planeja "reabrir totalmente" a partir de 1º de julho, a depender da aprovação do governo do estado.

Segundo os dados da Johns Hopkins, os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia, com cerca de 32 milhões de casos confirmados e mais de 575 mil óbitos.

Rússia

Segundo publicação do The Wall Street Journal, a Rússia produziu o primeiro lote de uma vacina contra covid-19 para animais, após a realização de testes que identificaram anticorpos em cães, gatos, raposas e martas.

Segundo o Rosselkhoznadzor, órgão de vigilância da segurança agrícola, foram liberadas 17 mil doses da vacina Carnivac-Cov.

Moscou afirma que o imunizante provocou resposta imunológica em 100% dos animais vacinados e que empresas da Alemanha, Grécia e Argentina manifestaram interesse em adquiri-la.

O levantamento da Johns Hopkins indica que a Rússia acumula mais de 4,7 milhões de infecções pelo coronavírus e cerca de 108 mil mortes.

França

Na França, o ministro da Saúde, Olivier Véran, afirmou que o registro de novos casos de covid-19 estão diminuindo 20% por semana no país, de acordo com o La Tribune. Com isso, o governo francês tem anunciado a flexibilização das medidas de restrição previstas no terceiro lockdown decretado no país.

"Os franceses sabem que a reabertura não anda de mãos dadas com a suspensão da atenção que prestamos a nós próprios e aos outros à circulação do vírus", sublinhou o ministro.

Véran disse também que foram identificados três casos da variante indiana do vírus. De acordo com o ministro, as três pessoas não têm relação entre si e as autoridades de saúde têm feito o que é necessário para evitar a sua propagação.

Por outro lado, o presidente francês, Emmanuel Macron, a fim de aumentar a velocidade da campanha de vacinação no país, afirmou que todos os adultos acima dos 18 anos poderão ser imunizados contra a covid-19 a partir de 15 de junho.

Segundo a Johns Hopkins, a França é o país europeu com o maior número de casos confirmados da doença, com cerca de 5,6 milhões de infecções, além de cerca de 104 mil mortes.

Canadá

O Canadá começará a receber as vacinas contra a covid-19 da Pfizer na próxima semana, disse um porta-voz da empresa nesta sexta-feira. As doses foram produzidas nos Estados Unidos e esta é a primeira vez que o governo norte-americano permite a exportação das doses, afirma a Associated Press. As autoridades canadenses vinham utilizando doses da Pfizer fabricadas na Bélgica.

Segundo o primeiro-ministro Justin Trudeau, o país receberá 2 milhões de doses semanalmente. Em acordos prévios, o governo canadense comprou cerca de 10 doses de vacinas para cada cidadão do país. Os reguladores já aprovaram os fármacos da Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.

A expectativa das autoridades canadenses é imunizar todos os adultos com pelo menos uma dose até o final de junho. Dados da Johns Hopkins indicam que o país acumula 1,2 milhão de casos confirmados e cerca de 24 mil mortes.