Produção de veículos tem queda de 8,2% em novembro
Vendas e exportações também recuaram no penúltimo mês do ano
A produção de veículos teve queda de 8,2% no mês passado frente ao mesmo período de 2024, somando 219,1 mil unidades. Na comparação com outubro, houve queda de 11,6% na fabricação de veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
Divulgado ontem (8) pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, o balanço mostra 2,46 milhões de veículos montados no acumulado desde o início do ano, um crescimento de 4,1% frente aos onze primeiros meses de 2024.
Sob o impacto do crédito mais caro, as vendas do mês passado, de 238,6 mil veículos, recuaram 5,9% no comparativo com novembro de 2024, a maior queda de um mês no comparativo interanual em três anos e meio.
Na margem, ou seja, de outubro para novembro, as vendas encolheram 8,5%, neste caso prejudicadas pelo calendário com quatro dias úteis a menos do mês passado. Com isso, o crescimento no acumulado do ano caiu para 1,4%, com 2,41 milhões de veículos vendidos de janeiro a novembro.
As exportações, que vinham ajudando a sustentar os volumes, desta vez caíram, somando 35,7 mil veículos embarcados no mês passado. O número corresponde a uma queda de 13,8% em relação a novembro de 2024. Frente a outubro, houve queda de 12% nos embarques.
Desde o início do ano, 510,1 mil veículos foram exportados, com crescimento de 37,9% ante os onze primeiros meses de 2024. A Argentina é o principal destino das vendas de veículos ao exterior e puxa o resultado.
O balanço da Anfavea mostra ainda que 88 vagas de emprego foram eliminadas nas montadoras em novembro. O setor agora emprega 110,8 mil trabalhadores.
“Ainda estamos com uma produção acumulada 4,1% mais alta do que nos primeiros onze meses de 2024, mas esse crescimento está muito abaixo do que havíamos projetado para 2025, o que vem nos colocando em estado de alerta nos últimos meses”, afirmou Igor Calvet, presidente da Anfavea.
“Esperamos que dezembro traga um alento às vendas de automóveis e comerciais leves, após o sucesso estrondoso do Salão do Automóvel. Já o segmento de pesados, o mais impactado pelos juros elevados, precisa de um olhar mais atento para que retorne a patamares normais e o setor possa garantir a manutenção de empregos”, disse Calvet. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo)