Dados de 11 milhões de chaves Pix vazam no sistema do CNJ
Órgãos ressaltaram que não foram expostas informações sensíveis, como senhas e saldos
O Banco Central esclareceu ontem (24) que o vazamento que atingiu o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), resultou na exposição de dados vinculados a 46,898 milhões de chaves Pix, pertencentes a 11,003 milhões de pessoas.
Isso ocorre porque cerca de 11 milhões de CPFs foram vazados, mas cada CPF pode ter mais do que uma chave Pix vinculada a ele. O incidente ocorreu nos dias 20 e 21, e foi comunicado pela autoridade monetária e CNJ na noite de quarta-feira (23).
As informações cadastrais expostas foram as seguintes: nome do usuário; Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); instituição de relacionamento;
agência; número e tipo da conta; chave Pix; situação da chave Pix; data de criação da chave Pix; e data de exclusão da chave Pix. Inicialmente, o CNJ tinha informado que as seguintes informações tinham sido acessadas: nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta.
O CNJ e o BC ressaltaram que não foram expostos dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário.
O Banco Central ainda disse ter adotado “as ações necessárias” para a apuração detalhada do caso. Além disso, a Polícia Federal (PF) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram oficialmente comunicadas.
A autoridade monetária destacou que a comunicação do evento não é exigida pela legislação, por conta do baixo impacto potencial para os usuários, mas decidiu comunicar “à vista do compromisso com a transparência que rege sua atuação”.
Em nota, o CNJ informou que o problema foi “imediatamente identificado, corrigido e o sistema voltou a operar normalmente”. Será disponibilizado no site oficial www.cnj.jus.br um canal exclusivo para consulta, por parte dos cidadãos, de eventual dado exposto. O CNJ disse que não vai utilizar outros meios de comunicação com os afetados, como mensagens, SMS, e-mail ou chamadas telefônicas. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)