Desemprego cai para 6,2% no trimestre fechado em maio
Taxa é a menor para o período desde o início da série histórica, em 2012
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio de 2025 ficou em 6,2%. Esse patamar é o menor registrado para o período desde o início da série histórica, em 2012. Além disso, fica “extremamente próximo” do menor índice já apurado, 6,1%, marca alcançada no trimestre terminado em novembro de 2024.
Os dados foram divulgados ontem (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre anterior, encerrado em fevereiro, a taxa era de 6,8%. Já no mesmo período do ano passado foi de 7,1%.
Além de ser recorde para o período, o IBGE aponta que outros dados da pesquisa são também os melhores já registrados, como o patamar de empregados com carteira assinada, o rendimento do trabalhador e a massa salarial do País.
Foram 39,762 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no trimestre encerrado em maio. O resultado representa 202 mil vagas formais em apenas um trimestre, aumento de 0,5% nesse contingente de trabalhadores. Em um ano, o setor privado absorveu mais 1,436 milhão de trabalhadores com carteira, alta de 3,7%.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,700 milhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre terminado em fevereiro, 157 mil pessoas a mais. Em um ano, esse tipo de ocupação aumentou 0,2%, 26 mil trabalhadores a mais atuando nessas condições.
Rendimento
A massa de salários em circulação na economia renovou novo patamar recorde no trimestre encerrado em maio, totalizando R$ 354,605 bilhões. O rendimento médio de quem está trabalhando também alcançou o maior patamar da série histórica iniciada em 2012, aos R$ 3.457.
“Como o mercado de trabalho está aquecido e temos um estoque de pessoas que vai se esvaindo com crescimento do mercado de trabalho, as possibilidades passam a diminuir. Então se o empresário quer contratar alguém com mais capacidade e mais produtividade, ele tem que aumentar o salário. Os trabalhadores ganham poder de barganha em relação ao salário atual”, justificou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE.
Segundo ele, o período de demissões de temporários já passou, mas a série histórica indica uma tendência sazonal de estabilidade na taxa de desemprego nessa época do ano. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)