Sem pressão
Inflação oficial fecha junho com alta de 0,21%
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,23%, informou o IBGE
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho em 0,21%, ante 0,46% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,48%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,23%.
Sete dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em junho. Houve deflação em transportes (queda de 0,19% e impacto de -0,04%) e comunicação (-0,08% e impacto de 0,00%).
Os aumentos foram registrados em alimentação e bebidas (0,44%, impacto de 0,10%), saúde e cuidados pessoais (0,54%, impacto de 0,07%), habitação (0,25% e impacto de 0,04%), despesas pessoais (0,29%, impacto de 0,03%), educação (0,06%, impacto de 0,00%), vestuário (0,02%, impacto de 0,00%) e artigos de residência (0,19% e impacto de 0,01%).
Os preços dos alimentos deram a maior contribuição para a inflação de junho, mas as altas foram mais brandas do que no mês anterior, ao mesmo tempo em que houve uma quantidade menor de itens com reajustes, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
“Essa alta (no IPCA) foi influenciada, principalmente, por leite longa vida, batata inglesa e gasolina”, lembrou Almeida. “Alguns fatores e subitens contribuíram para segurar o resultado de junho, como passagens aéreas e alguns alimentos, como mamão e cebola”, ponderou.
O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 57% em maio para 52% em junho. A difusão de itens alimentícios desceu de 60% em maio para 49% em junho
“O maior impacto (de grupo) foi de alimentos, mas houve desaceleração em relação ao mês anterior. A gente teve uma menor difusão, principalmente, nos itens alimentícios”, apontou o pesquisador. “Os preços dos alimentos no domicílio continuaram subindo, porém, em ritmo menos intenso que no mês anterior”, completou. (Estadão Conteúdo)