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Economia

Transferência de renda não reduziu a pobreza

03 de Outubro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Avaliação é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Avaliação é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Crédito: MARCELLO CASAL / AGÊNCIA BRASIL)

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avaliou que o aumento da transferência de recursos para as famílias de baixa renda e a ampliação da esfera de cobertura de programas sociais ainda não conseguiram reduzir a pobreza no Brasil, que segue alta. E a desigualdade social continua bem maior que as dos países que integram a entidade com sede em Paris.

Para a OCDE, o alto nível de informalidade do mercado de trabalho, além da renda instável para os trabalhadores mais vulneráveis com qualificação profissional limitada representam entraves para melhorar essa condição, de acordo com o relatório Going for Growth 2023.

Entre as recomendações para estimular o crescimento, a OCDE sugere o fortalecimento do foco dos gastos sociais nos benefícios que visam efetivamente os agregados familiares de baixos rendimentos. A expansão do acesso à educação infantil para melhorar a igualdade de oportunidades e permitir que mais mães procurem emprego, além do aprimoramento da qualidade do ensino primário e secundário para reduzir a lacuna de habilidades, seguem entre os passos sugeridos para alavancar o crescimento do País.

O Brasil tem um caminho a seguir também para melhorar o mercado de trabalho e o ambiente para os negócios, incluindo a redução de barreiras tarifárias e não tarifárias, além da imposição adicional de limites para o papel das associações profissionais na fixação de preços, diz a entidade. A OCDE diz que as barreiras comerciais continuam elevadas no mercado brasileiro e aponta que a facilitação do comércio poderá trazer novos progressos para o País.

Quanto à transição digital, a OCDE identificou que o uso da internet no Brasil aumentou para 80% da população em 2020 mas o acesso a redes de banda larga segue limitado a 17% dos usuários e recomenda investimento público para dar suporte à cobertura de banda larga e melhorar essa proporção. (Estadão Conteúdo)