O mercado de trabalho formal, com carteira assinada, no País registrou um saldo positivo de 220.844 vagas em agosto, ante 143.004 postos em julho, segundo dados divulgados ontem (2) pelo Ministério do Trabalho. O resultado veio acima da mediana das estimativas, que era de saldo positivo de 173 mil vagas. As projeções indicavam a abertura líquida de 134 mil a 209.692 vagas em agosto.

“É um resultado robusto, que surpreende mais uma vez, principalmente pela magnitude. A leitura inicial, de que haveria desaceleração do ritmo de criação de vagas neste momento, de acordo com o comportamento da série histórica, não está se confirmando”, disse o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo.

No acumulado dos oito primeiros meses de 2023, o saldo está positivo em 1.388.062 de vagas. Já no mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1.901.482 de postos formais.

Setores

A abertura líquida de vagas em agosto foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 114.439 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 41.843 vagas. Já a indústria gerou 31.086 vagas no período, enquanto houve um saldo de 28.359 contratações na construção civil. Na agropecuária, foram criadas outras 5.126 vagas no mês.

Todas as unidades da Federação registraram resultado positivo no Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo, com a abertura de 65.462 postos de trabalho. Já o pior foi do Espírito Santo, com a abertura de 315 vagas em agosto.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada, de acordo com o governo, foi de R$ 2.037,90 em agosto, comparado aos R$ 2.306,63 em julho. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que trabalha com uma projeção “conservadora” de fechar 2023 com saldo de 2 milhões de novos empregos formais. (Estadão Conteúdo)