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Economia

Lucro da Petrobras em 2022 é de R$ 188 bi; 77% superior ao de 2021

Segundo a estatal, resultado se deve à alta dos preços do petróleo

02 de Março de 2023 às 10:59
Cruzeiro do Sul [email protected]
Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio
Lucro da Petrobras em 2022 é de R$ 188 bi; 77% superior ao de 2021 (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A política de preços da Petrobras vai mudar a partir de maio, quando os novos conselheiros da estatal tomarão posse, afirmou nesta quinta-feira (2) o presidente da empresa, Jean Paul Prates. O executivo deixou claro que não haverá intervenção do governo nos preços, mas que a política de paridade de importação (PPI) está com seus dias contados. Segundo ele, “se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado”.

A declaração ocorre um dia depois de a estatal anunciar o maior lucro de sua história, de R$ 188 bilhões em 2022, o que deve significar uma distribuição também recorde de dividendos (R$ 215,7 bilhões).

Em relação ao quarto trimestre do ano passado, parte dos R$ 35,7 bilhões distribuídos -- cerca de R$ 6,5 bilhões -- pode ser retida para aumentar os investimentos da companhia, o que será decidido na assembleia de acionistas marcada para 27 de abril.

Para os dividendos serem maiores do que o lucro, leva-se em conta a venda de ativos da estatal e a redução de reservas de lucros. Com uma fatia de 36,6% no capital da petroleira, a previsão é de que o governo receba R$ 78,9 bilhões em dividendos referentes ao desempenho em todo o ano passado.

Em breve, prometeu Prates, o Plano Estratégico de US$ 78 bilhões entre 2023 e 2027 será revisto, para incluir novos investimentos visando ao fortalecimento da Petrobras em todo o país.

A estatal, segundo ele, tem sua própria política comercial e o importante é buscar os melhores clientes, nas melhores condições para conquistar uma maior fatia do mercado de combustíveis. “A Petrobras vai praticar preços competitivos para o mercado dela, conforme achar que tem de ser para garantir sua fatia de mercado, onde estiver presente”, afirma Prates.

Com a mudança de rota, a nova gestão espera ampliar sua fatia no do segmento de derivados. “Não seguir o PPI não quer dizer que a Petrobras vai se afastar da referência internacional. A companhia vai praticar o preço do mercado em que estiver atuando”, diz. (Estadão Conteúdo)