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Economia

BC volta a indicar ‘ajuste final’ para a taxa Selic

07 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Banco Central
Banco Central (Crédito: Divulgação/ Site Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Ivinhema)

O Banco Central deu novos sinais de que o Brasil terá de conviver por mais tempo com juros elevados. Em evento na noite de segunda-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o País deverá registrar três meses consecutivos de deflação, mas que isso não significa que “a batalha está ganha”. Ontem, foi a vez de o diretor de Política Monetária da autarquia, Bruno Serra, dizer que a postura do BC na gestão dos juros ainda é de “guarda alta”.

“A gente não pensa em queda de juros, mas em finalizar o trabalho, que significa convergir para a (meta da) inflação. A inflação teve alguma melhora recente por medidas do governo. Tem uma outra melhora que vem acompanhada disso, mas há um elemento de preocupação grande”, disse Campos Neto.

O presidente do BC ainda sinalizou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês está em aberto, e que o colegiado vai avaliar “um possível ajuste final” da taxa Selic, atualmente em 13,75%. ao ano. Pelo Boletim Focus divulgado na segunda-feira, o mercado financeiro ainda aposta em uma taxa de 13,75% no fim do ano -- recuando para 11,25% no fim de 2023.

“Na ausência de um choque positivo, é desafiador ver o processo de desinflação na velocidade que queremos”, disse Bruno Serra. (Estadão Conteúdo)