Economia
Dólar sobe 1,65% com temor de recessão nos EUA e cautela fiscal
A busca global pela moeda norte-americana diante de sinais de perda de fôlego da atividade na Europa e nos Estados Unidos, aliada ao aumento da percepção de risco fiscal com a tramitação da PEC dos benefícios no Congresso, pautou os negócios no mercado de câmbio local na sessão de ontem, 1º de julho. Após encerrar junho com alta de 10,15%, o maior avanço mensal desde março de 2020, o dólar emendou nesta sexta-feira o terceiro pregão seguido de valorização e fechou em alta de 1,65%, a R$ 5,2312.
Pesava sobre os negócios a ampliação dos gastos previstos na PEC, aprovada na quinta-feira de forma relâmpago em dois turnos no Senado com decretação do estado de emergência. Já estavam na conta do mercado o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), a ampliação do vale gás e o voucher a caminhoneiros de R$ 1 mil mensais. Contudo, foram incluídos no texto o “auxílio-taxista”, com custo de R$ 2 bilhões, e a adição de R$ 500 milhões para o programa Alimenta Brasil -- o que elevou a fatura extrateto de R$ 38,75 bilhões para R$ 41,25 bilhões.
O Ibovespa fechou em alta de 0,42%, a 98.953,90 pontos. O índice acompanhou a melhora ao longo da tarde em Nova York e oscilou para o positivo nesta primeira sessão de julho, vindo de perdas nas três sessões anteriores. (Estadão Conteúdo)