Comida fora
Consumo sobe 8% em restaurantes, mas cai em supermercados
Os supermercados foram na direção contrária e tiveram queda de 14,0% no período, maior que a contração de 12,8% no mês anterior
Restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registraram alta real de 8,2% no faturamento em março, em comparação com o mesmo mês de 2021, após recuo de 4,9% em fevereiro. O dado faz parte de levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Alelo, obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Os supermercados foram na direção contrária e tiveram queda de 14,0% no período, maior que a contração de 12,8% no mês anterior. Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) revelam ainda um crescimento de 15,2% na quantidade de vendas e de 1,7% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação no mês de março.
“Esses resultados são reflexo da volta ao trabalho presencial e dos eventos sociais. Já no caso dos supermercados, a elevação nos preços dos alimentos tende a afetar o comportamento dos consumidores”, explica o presidente da Alelo, Cesario Nakamura.
Nos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de março mostraram um recuo de 15,3% na quantidade de vendas. O número de estabelecimentos que realizaram pelo menos uma venda, por sua vez, caiu 2,0%.
Em comparação com o período pré-Covid (março de 2019), os índices tiveram desempenhos opostos. No ICR, houve quedas de 31,2% no faturamento, de 43,5% na quantidade de vendas e de 4,5% no número de estabelecimentos com pelo menos uma transação.
Já o ICS apurou avanços de 3,8% no faturamento e de 9,5% em estabelecimentos com ao menos uma transação, embora a quantidade de vendas tenha caído 7,3%.
Segundo os pesquisadores da Fipe, apesar de os supermercados terem passado pela pandemia sem grandes problemas, o mesmo não pode ser dito em tempos recentes, diante da elevação nos preços de alimentos.
Os restaurantes, por sua vez, ainda sofrem efeitos da pandemia nos números de volume e valor, mas vêm se beneficiando do retorno do convívio social.
O ICR considera a evolução do consumo de refeições prontas em restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, deliveries e retirada para viagem. Já o ICS acompanha as transações em supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros. (Estadão Conteúdo)