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Economia

Varejo registra alta de 1,9% no 1º trimestre

11 de Maio de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: VINICIUS FONSECA / ARQUIVO JCS (15/9/2020))

As vendas do varejo cresceram 1% em março ante fevereiro, o terceiro resultado positivo consecutivo -- uma sequência de três taxas de crescimento não ocorria desde 2020, após o choque inicial provocado pela pandemia de Covid-19, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados ontem pelo IBGE. No primeiro trimestre, as vendas do comércio varejista se expandiram 1,9%, quando comparadas com as do quarto trimestre de 2021. O desempenho foi o melhor para o período do ano desde 2017.

A melhora no desempenho do varejo em março fez o volume de vendas ficar 2,6% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 1,7% acima do pré-pandemia. Os segmentos de artigos farmacêuticos, material de construção, outros artigos de uso pessoal e doméstico e supermercados estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O resultado de março surpreendeu analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta mediana de 0,4%. “Pelo segundo mês consecutivo tivemos resultados acima das expectativas. É uma leitura geral positiva, mas, quando olhamos dados desagregados, empolga um pouco menos”, disse o economista da XP Investimentos Rodolfo Margato.

“Há uma série de fatores que influenciam esse primeiro trimestre combinados. Um deles continua sendo uma base (de comparação) muito baixa que a gente tinha em dezembro de 2021”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

Seis das oito atividades que integram o comércio varejista registraram crescimento: equipamentos e material para escritório informática e comunicação (13,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

Na direção oposta, houve perdas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

“Apesar do primeiro trimestre positivo, nossa expectativa é de que elas continuem andando de lado ao longo do ano, dado o cenário de baixo crescimento econômico, juros elevados e inflação alta”, disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank. (Estadão Conteúdo)