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Economia

PIB cresce 4,6% em 2021 e supera perdas da pandemia

Valor capita alcançou R$ 40.688, um avanço de 3,9%

05 de Março de 2022 às 00:01
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Avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia encolheu.
Avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia encolheu. (Crédito: JOSÉ PAULO LACERDA /ARQUIVO CNI )

O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia. O PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).

O PIB, soma dos bens e serviços finais produzidos no País, está 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia de Covid-19, mas continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado ontem (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% no ano passado.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). Segundo ela, o transporte de passageiros também subiu bastante, principalmente no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens.

“A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou, puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, disse, em nota, Rebeca Palis.

Outras atividades de serviços (7,6%) também tiveram alta no período. “São atividades relacionadas aos serviços presenciais, parte da economia que foi a mais afetada pela pandemia, mas que voltou a se recuperar, impulsionada pela própria demanda das famílias por esse tipo de serviço”, acrescentou a pesquisadora.

Cresceram ainda comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%). Segundo o IBGE, na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da construção que, após cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021.

A única atividade que não cresceu foi a de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, que indica estabilidade. “A crise hídrica afetou negativamente o desempenho da atividade em 2021”, explicou Rebeca Palis.

Ranking

Num levantamento feito pela agência de classificação de risco Austing Rating, o desempenho do PIB brasileiro em 2021 ficou em 21º lugar numa comparação com 34 países. De acordo com a análise, o crescimento de 4,6% ficou abaixo da média de 5,7% dos países analisados e, ainda, da média prevista para a economia global (5,9%). O crescimento da economia brasileira em 2021 foi menor que o registrada em países como Peru (13,3%), Turquia (11%), Colômbia (10,7%), Índia (8,2%), Israel e China (8,1%), Reino Unido (7,5%), Cingapura (7,2%), França (7%) e Bélgica (6,4%). Por outro lado, a alta do PIB brasileiro em 2021 foi maior do que países como Espanha (4,5%), Dinamarca (4,2%), Noruega (4,1%), Coreia do Sul (4%), Austrália (3,8%), Suíça (3,7%) e Alemanha (3,1%). (Da Redação, com agências)