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Economia

Projeção de alta do PIB de 2022 sobe de 0,29% a 0,30%, aponta Focus

Para 2023, a mediana cedeu, de 1,69% para 1,55%

31 de Janeiro de 2022 às 09:37
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: BRUNO ROCHA / FOTOARENA / ARQUIVO ESTADÃO CONTEÚDO (31/7/2019))

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (31) mostrou aumento marginal na previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 0,29% para 0,30%. Há um mês, a estimativa era de 0,36%. Considerando apenas as 58 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 0,41% para 0,32%.

O boletim não traz mais a expectativa para o resultado do PIB do ano passado. Para 2023, a mediana cedeu, de 1,69% para 1,55% - de 1,80% há quatro semanas. Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Focus ainda trouxe a mediana para 2025, que também continuou em 2,00%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2,0%.

O Relatório de Mercado Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022 cedeu de 62,48% para 62,35%, ante 63,00% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 0,94% para 1,00%. Há um mês, o porcentual estava em 1,05%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 passou 8,00% para 8,20%. Há quatro semanas, estava 7,40%.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB passou de 66,00% para 66,42%, de 65,20% há um mês. A mediana para o déficit primário variou de 0,60% do PIB para 0,65%, e para rombo nominal mudou de 6,88% para 7,35% do PIB. Os porcentuais eram de 0,70% e 6,50%, respectivamente, há quatro semanas.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Déficit em c/c

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, de US$ 24,25 bilhões para US$ 23,43 bilhões, ante US$ 21,59 bilhões de um mês atrás. Em 2023, a expectativa para o rombo em conta corrente passou de US$ 31,12 bilhões para US$ 34,73 bilhões. Há um mês, era de US$ 27,50 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 subiu de US$ 58,00 bilhões para US$ 60,00 bilhões, ante US$ 58,05 bilhões de um mês antes. Para 2023, continuou em US$ 70,00 bilhões, mesmo valor de quatro semanas antes.

No caso da balança comercial em 2022, a estimativa de superávit passou de US$ 56,00 bilhões para US$ 57,20 bilhões, de US$ 55,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 50,65 bilhões para US$ 51,00 bilhões, mesmo montante projetado há um mês. (Estadão Conteúdo)