Em crescimento
Alta do setor de serviços em novembro é puxada por TI
Patamar é 4,5% superior ao período pré-pandemia, informa o IBGE
O aumento de 2,4% no volume de serviços prestados na passagem de outubro para novembro foi o mais intenso para esse período do ano dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora quatro das cinco atividades pesquisadas tenham registrado crescimento, o bom desempenho foi turbinado pelo subsetor de tecnologia da informação (TI), que teve um avanço de 10,7%, apontou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.
“Sem dúvida nenhuma, mesmo que tenha havido uma disseminação de taxas positivas em novembro ante outubro, o ganho deste mês ficou com as empresas desse segmento de tecnologia da informação, que neste mês trouxe uma taxa de 10,7%. É a taxa mais intensa desde janeiro de 2018, quando tinha crescido 11,8%”, lembrou Lobo.
O avanço no volume de serviços prestados em novembro elimina completamente a perda de 2,2% acumulada nos dois meses anteriores: setembro (-0,6%) e outubro (-1,6%). A alta de 2,4% fez o setor superar o nível de funcionamento do pré-pandemia. Em novembro, os serviços funcionavam em patamar 4,5% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária.
“O setor de serviços alcança, ou melhor, iguala o nível (de operação) de dezembro de 2015, quase seis anos”, disse Rodrigo Lobo. “(A prestação de serviços) Volta àquele patamar”, completou.
A taxa de volume de serviços prestados em 12 meses alcançou 9,5% em novembro, a maior da série histórica, que nesse tipo de comparação foi iniciada em dezembro de 2012.
Comparação
O setor de serviços ainda operava em novembro 7,3% abaixo do ponto mais alto, registrado em novembro de 2014. Os serviços prestados às famílias estavam 22,3% abaixo do pico, de outubro de 2013, enquanto os serviços de informação e comunicação operavam no ponto mais elevado já registrado pela pesquisa.
Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 23,6% abaixo do ápice, de julho de 2012, e os transportes funcionavam 7,1% aquém do pico, registrado em fevereiro de 2014. O segmento de outros serviços estava 13,2% abaixo do auge, marcado em agosto de 2011. (Estadão Conteúdo e Redação)