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Economia

Oito municípios detinham quase 25% do PIB em 2019

A cidade de São Paulo lidera, com 10,3% da atividade econômica brasileira

18 de Dezembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A capital paulista continua sendo o maior município do País em geração de riqueza.
A capital paulista continua sendo o maior município do País em geração de riqueza. (Crédito: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE SP)

A riqueza permanecia concentrada no País no pré-pandemia. Em 2019, oito municípios detinham cerca de um quarto (24,8%) da economia brasileira, de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram: São Paulo (com 10,3% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (4,8%), Brasília (3,7%), Belo Horizonte (1,3%), Curitiba (1,3%), Manaus (1,1%) Porto Alegre (1,1%) e Osasco-SP (1,1%). Juntos, esses municípios representavam 14,7% da população brasileira.

Quando somados os 70 municípios brasileiros mais ricos em 2019, chegava-se praticamente à metade (49,8%) do PIB nacional. Ou seja, pouco mais de 1% dos 5.570 municípios brasileiros gerava 50% da riqueza do País.

Os 100 municípios mais ricos somavam 55,2% do PIB do Brasil em 2019. Por outro lado, os 1.345 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional. Se consideradas as concentrações urbanas, regiões com mais de 100 mil habitantes que reúnem uma ou mais cidades com alto grau de integração, apenas duas delas detinham, juntas, um quarto do PIB brasileiro: São Paulo/SP (17,0%) e Rio de Janeiro/RJ (7,9%).

Na passagem de 2018 para 2019, os municípios que mais ganharam participação no PIB brasileiro foram São Paulo (SP), Maricá (RJ), Saquarema (RJ), Parauapebas (PA), Brasília (DF) e São José dos Pinhais (PR), com aumento de 0,1 ponto porcentual cada um.

Em São Paulo (SP), o ganho foi puxado pelas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Em Maricá (RJ) e Saquarema (RJ), a maior participação foi impulsionada pela extração de petróleo, atividade beneficiada pelo aumento dos preços internacionais da commodity em 2019, enquanto Parauapebas (PA) foi alavancada pela extração de minério de ferro.

Em Brasília (DF) o ganho foi decorrente, principalmente, das atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Em São José dos Pinhais (PR), o destaque foi a fabricação de automóveis.

Per capita

Em 2019, o município de Presidente Kennedy, no Estado do Espírito Santo, registrou o maior PIB per capita do País: R$ 464.883,49, puxado pela extração de petróleo. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 35.161,70. No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou Ilhabela, em São Paulo, com R$ 428.020,22, com destaque também para a atividade de extração de petróleo. Em terceiro, Selvíria, no Mato Grosso do Sul, com R$ 353.522,30, devido à geração de energia elétrica.

Os demais destaques foram: Paulínia (SP), com R$ 341.552,82; Louveira (SP), com R$ 328.612,49; São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), com R$ 313.035,00; Sales Oliveira (SP), R$ 308.567,36; Canaã dos Carajás (PA), R$ 288.812,06; Iracemápolis (SP), R$ 286 384,27; e Triunfo (RS), R$ 283.449,62.

‘A maioria desses municípios tem uma grande indústria que concentra grande valor, mas não necessariamente isso se distribui entre a população. É só uma média per capita‘, explicou Luiz Antonio de Sá, analista do IBGE. (Estadão Conteúdo)