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Economia

Governo Central tem superávit primário de R$ 28 bilhões em outubro

Arrecadação de tributos federais superou despesas correntes registradas no período

30 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Foi o melhor desempenho para o mês desde 2016, quando houve superávit de R$ 51,756 bilhões.
Foi o melhor desempenho para o mês desde 2016, quando houve superávit de R$ 51,756 bilhões. (Crédito: MARCELLO CASAL JR. / AGÊNCIA BRASIL / ARQUIVO)

Com forte crescimento na arrecadação de tributos federais, as contas do Governo Central registraram superávit primário em outubro. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 28,195 bilhões, conforme o Tesouro Nacional. O resultado sucedeu o superávit de R$ 303 milhões em setembro.

O saldo - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - foi o melhor desempenho para o mês desde 2016, quando houve superávit de R$ 51,756 bilhões. Em outubro de 2020, o resultado havia sido negativo em R$ 3,419 bilhões.

O superávit do mês passado foi maior que as expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um saldo positivo de R$ 26,150 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 18 instituições financeiras. O dado de outubro ficou próximo do teto das estimativas, que iam de superávit de R$ 13,600 bilhões a R$ 29,070 bilhões.

Acumulado

Nos dez primeiros meses do ano, o resultado primário registrou déficit de R$ 53,404 bilhões, o melhor resultado desde 2015 - já considerando valores corrigidos pela inflação. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 680,865 bilhões, devido aos gastos para enfrentar a pandemia de Covid-19

Em outubro, as receitas tiveram alta real de 7,6% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve crescimento de 23,5%. Já as despesas caíram 15,4% em outubro, já descontada a inflação. No acumulado de 2021, a variação foi negativa em 25,0%.

Em 12 meses até outubro, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 123,2 bilhões - equivalente a 1,4% do PIB. A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 247,118 bilhões nas contas do Governo Central, mas a equipe econômica esperar fechar o ano com um rombo de R$ 95,822 bilhões, conforme nova projeção divulgada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas da semana passada. (Estadão Conteúdo)